Poetas portugueses | Ninguém de Judith Teixeira
Ninguém
Embriaguei-me
num doido desejo
E adoeci de saudade.
Caí no vago ... no indeciso
Não me encontro, não me vejo -
Perscruto a imensidade
E fico a tactear na escuridão
Ninguém. Ninguém
Nem eu, tão pouco!
Encontro apenas
o tumultuar dum coração
aprisionado dentro do meu peito
aos saltos como um louco.
Judith Teixeira
Hora Sombria 1923, in " Castelo de Sombras" (1923)
Créditos:
Fonte: https://sites.google.com/site/poesiadalusofonia/judith-teixeira/ninguem?authuser=1
Foto: https://mag.sapo.pt/showbiz/artigos/camara-de-viseu-cria-premio-de-poesia-judith-teixeira