Lenda da morte dos opositores do Vau
Quando o Infante D. Pedro submeteu ao cardeal-patriarca D. Tomás de Almeida a pretensão de que fosse constituída a paróquia do Vau, foi grande a oposição pelos que de alguma forma estavam interessados em que o Vau mantivesse a ligação à Amoreira.
Dos opositores destacou-se o cura da Amoreira, padre João Teixeira Monteiro, que ao receber do patriarcado a nota de que, as contrariedades interpostas nada proferindo, estava a paróquia definitivamente ereta, adoeceu de pesar, e de tal modo que faleceu dentro de dias.
Os outros dois principais opositores, o padre Arsénio Caetano e o canteiro Manuel Pereira (de Sobral da Lagoa), morreram também pouco depois.
O padre Arsénio Caetano ao deslocar-se de barco a Vau, para efetuar, por desgosto, a venda de tudo o que aqui possuía, terá morrido afogado quando a embarcação se virou.
E o canteiro Manuel Pereira terá morrido por ao ridicularizar a nova paróquia e os paroquianos, numa romaria, terá sido ferido tendo morrido a fim de três dias, tendo sido ele a estrear o cemitério da nova freguesia e o primeiro indivíduo que o pároco do Vau aí sacramentou.
O povo viu nestas três mortes o castigo das chicanas e tricas urdidas por eles contra a ereção do Vau em paróquia.
Créditos:
Fonte: https://freguesiavau.com/Lendas
Foto: https://obidosdiario.com/2017/08/01/vau-em-festa-em-honra-de-na-sa-do-bom-sucesso/