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As coisas de que eu gosto! e as outras...

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20.09.19

desafio de escrita dos pássaros #2 - O amor e um estalo

Miluem

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Uma parte da minha infância foi passada no tempo a que as pessoas antigas chamavam “da outra senhora”.

 

Agora à distância de mais de 45 anos vejo que fazia parte da educação desse tempo levar um estalo, à frente de quem quer que fosse, para correção de más atitudes ou como punição pela falta de respeito para com os pais e outras pessoas, conhecidas ou desconhecidas.

 

 Educação feita de Amor e um estalo.

 

Para sociólogos e especialistas em educação, este método educativo está errado, e é o  espelho de um Portugal atrasado, sem formação, sem escolaridade, fruto da vida sob um regime ditatorial, um país fechado sobre si mesmo, empobrecido e embrutecido.

 

No nosso país durante os anos 60 e início dos anos 70 (do século XX), a vida ainda era pobre, muitas pessoas começavam a trabalhar cedo para “ganhar a vida” e ajudar em casa, por isso a taxa de analfabetismo era elevada. Muitos foram mobilizados para combaterem nas Guerras Ultramarinas e muitos emigraram à procura de uma vida melhor ou para fugiram à mobilização para a guerra.

 

Muitas vezes, por falta de dinheiro, as crianças frequentavam a escolaridade obrigatória, ou nem isso e iam aprender um Ofício com um Mestre ou trabalhar para uma fábrica.

 

A escolaridade das pessoas podia ser baixa, mas ensinavam aos filhos os valores que lhes tinham sido transmitidos pelos seus Pais que por sua vez já os haviam recebido dos seus Avós: Honra, Honestidade, Trabalho e Respeito.

 

Eu, para não fugir à regra, também levei alguns estalos … tinha tudo pra ser anjo! ... mas as benditas das asas não nasceram comigo!!

 

Declaro que não me tornei numa cereal-killer, não ando à caça de gambuzinos e sou quase normal.

 

O Amor com um estalinho penso que não é um pecado educativo.

 

 

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