Rosas
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O Museu da Terra de Miranda é um museu etnográfico situado na cidade de Miranda do Douro. O Museu está situado no centro histórico, e encontra-se instalado na antiga “Domus Municipalis” da cidade, edifício setecentista datado do séc. XVII.
O edifício museológico, que se estende ao longo da rua Mouzinho de Albuquerque, deixa transparecer, através da sua estrutura, memórias que nos transportam para a prática e história do seu funcionamento, onde se desempenharam, igualmente, funções de Cadeia Municipal até ao ano de 1790.
O edifício recebe, desde o ano de 1982, as coleções etnográficas e arqueológicas cuja narrativa expositiva pretende representar a vida social, cultural, religiosa e económica das comunidades da Terra de Miranda.
No imóvel de dois andares destaca-se o corpo virado a Sudeste, com varanda a todo o comprimento, suportada pelas grandes arcadas de arcos de volta perfeita do piso térreo.
À medida que o visitante se aproxima, a porta aberta do arco direito parece querer convidar a entrar, e o canhão apontando a nascente, exposto no arco esquerdo, simbolicamente faz lembrar a forte praça militar que foi Miranda do Douro, desde o século XVI até 1762, data em que o exército castelhano destruiu a fortaleza desta cidade.
Na narrativa expositiva do Museu da Terra de Miranda, objetos de caráter arqueológico e histórico, remetem o visitante para o tempo longo da região de Miranda do Douro, para a especificidade da língua mirandesa e para o papel desempenhado por esta na construção e no reconhecimento exterior da identidade cultural da região, bem como para o papel outrora desempenhado pela cidade na manutenção da estabilidade fronteiriça entre Portugal e Espanha.
As coleções do Museu da Terra de Miranda são o resultado de uma recolha sistemática levada a cabo por uma equipa liderada por António Maria Mourinho, seu fundador, e são provenientes dos municípios de Miranda do Douro, Vimioso e Mogadouro. Encontram-se divididas em diferentes categorias: Arqueologia, Armas, Artes e Ofícios, Caça, Cerâmica, Equipamento de Uso Doméstico, Instrumentos Musicais, Numismática, Objetos de Uso Ritual, Pastoreio, Cestaria, Traje, Transportes e Vestuário.
Mas é, sobretudo, no âmbito da etnografia que o Museu se propõe materializar uma abordagem à cultura da Terra de Miranda, remetendo o visitante para a ancestralidade e ao mesmo tempo para o quotidiano da vida mirandesa.
Desde o plano do trabalho agrícola, da pastorícia, dos vários ofícios tradicionais e das atividades domésticas, – quer para os tempos de festa e intensa sociabilidade – revelados sobretudo pelos rituais de inverno tão particulares do Nordeste Transmontano.
Museu da Terra de Miranda
Praça D. João III, 2 5210-190 Miranda do Douro
Telefone: +351 273 417 288 – E-mail: mterramiranda@culturanorte.gov.pt
Site: https://www.museuterrademiranda.gov.pt
Créditos:
Fonte e Fotos: https://www.museuterrademiranda.gov.pt/
Museu Municipal de Porto de Mós
Aberto ao público desde 1989, o museu recolhe e expõe peças relacionadas com as atividades inerentes ao uso e ocupação do solo, com os recursos geológicos e com a história da exploração e aproveitamento dos carvões da Bacia do Lena.
Entre as várias coleções destacam-se a cerâmica da Real Fábrica do Juncal (1770 – 1876), o núcleo epigráfico proveniente de vários pontos do concelho (Romano – Medieval), as coleções de rochas, minerais e fósseis e o núcleo etnográfico.
Assume-se como um museu pluridisciplinar tendo como missão investigar, preservar e divulgar a herança natural e histórico-cultural do território concelhio, passado e presente, nas suas diferentes expressões, com objetivos científicos, culturais e lúdicos que contribuam para um melhor conhecimento e valorização da identidade e das singularidades do património do concelho de Porto de Mós.
https://www.municipio-portodemos.pt/pages/1402?poi_id=375
Museu Municipal de Porto de Mós - Avenida da Liberdade - 2480-302 Porto de Mós
Telefone: 244 499 652 - e-mail: museu@municipio-portodemos.pt
site: www.municipio-portodemos.pt
Horário: De terça a sábado das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30
Encerra aos domingos, segundas-feiras e feriados.
Fotos: https://www.municipio-portodemos.pt
Capela de São Domingos, Sacorelhe
Contam os antigos, que há muitos séculos atrás, São Domingos veio para Sacorelhe e que por ali viveu, na zona perto da floresta, a que chamam o "Lameirão".
Os populares tinham uma grande estima por São Domingos, de tal modo que, após o seu falecimento, construíram uma pequena estátua em pedra em sua representação e memória.
Capela de São Silvestre de Vasconha
Por ser conhecido como um santo milagreiro, conta-se que os habitantes de Vasconha, uma povoação das proximidades, na freguesia de Queirã, queriam levar São Domingos para a sua povoação.
Por isso, cada vez que as mulheres de Vasconha vinham ao "molho" para a zona de Sacorelhe, escondiam o São Domingos no meio do molho a fim de o levarem para Vasconha.
No entanto, São Domingos, que era levado pelas mulheres, bem escondido no meio da erva, acabava sempre por regressar a Sacorelhe sozinho, sem que ninguém soubesse explicar esse mistério.
A lenda de São Domingos é uma das mais populares na freguesia de Ventosa, mantendo-se viva na memória do povo, que assegura que no Lameirão, por onde andava São Domingos, ainda se podem encontrar as ruínas da sua sepultura e do púlpito onde pregava.
Relatam também que foram feitas diversas tentativas para retirar o púlpito do local, sem que, até hoje, alguém tivesse conseguido concretizar a sua retirada.
A Direção Geral do Património Cultural realizou escavações no local denominado Lameirão e classificou a estrutura ali existente como uma sepultura rupestre, da alta idade média. Segundo Marques (2000) *, trata-se de uma "campa antropomórfica, com cabeceira em arco de volta perfeita, 1,70 m de comprimento, 42 cm de largura máxima e está orientada a 50º. (…) Segundo informação oral, junto à casa da guarda-florestal, a cerca de 20 m da sepultura, foram identificadas telhas e pedra aparelhada, que de acordo com a tradição popular estariam relacionadas com uma igreja dedicada a São Domingos“.
A lenda perdura e, atualmente, no lugar de Sacorelhe, encontra-se uma Capela construída em honra de São Domingos, localizada num largo ao qual foi igualmente dado o nome do santo. Trata-se de uma capela em pedra, com uma só nave e um campanário (torre com sinos).
A Capela não se encontra permanentemente aberta a visitantes, contudo é possível agendar uma visita mediante contacto prévio.
Anualmente, abrem-se as portas para acolher as festas em honra de São Domingos, a 4 de agosto.
Fonte: Vouzelar – Associação de Promoção de Vouzela in https://ms-my.facebook.com/vouzelar/posts/1143916432435963
Créditos:
Fonte: https://www.freguesia-ventosa.pt/historiaslendas
Fotos: https://www.freguesia-ventosa.pt/patrihistcultural
https://ingress-intel.com/portal/capela-do-sao-silvestre-de-vasconha/
Ninguém
Embriaguei-me
num doido desejo
E adoeci de saudade.
Caí no vago ... no indeciso
Não me encontro, não me vejo -
Perscruto a imensidade
E fico a tactear na escuridão
Ninguém. Ninguém
Nem eu, tão pouco!
Encontro apenas
o tumultuar dum coração
aprisionado dentro do meu peito
aos saltos como um louco.
Judith Teixeira
Hora Sombria 1923, in " Castelo de Sombras" (1923)
Créditos:
Fonte: https://sites.google.com/site/poesiadalusofonia/judith-teixeira/ninguem?authuser=1
Foto: https://mag.sapo.pt/showbiz/artigos/camara-de-viseu-cria-premio-de-poesia-judith-teixeira
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