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As coisas de que eu gosto! e as outras...

Bem-vind' ao meu espaço! Sou uma colectora de momentos e saberes.

As coisas de que eu gosto! e as outras...

31.05.22

Ribeira de Pena, Vila Real @ Lendas de Portugal -A lenda da Pedra Cavalar

Miluem

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A lenda da Pedra Cavalar

Onde se conta como Deus “abrigou” um cavaleiro atrapalhado pelo tempo que de repente se fez, lá para os lados de Ribeira de Pena.

Em tempos que já lá vão, seguia um cavaleiro por montes e vales da zona de Viela, no concelho de Ribeira de Pena.

Cavalgava sereno e tranquilo por caminhos mal marcados, sem destino aparente. Solitário na paisagem, apreciava o panorama agreste e rústico que caracteriza as cercanias do Rio Tâmega. Mesmo na noite escura, era-lhe impossível ignorar os cheiros das plantas, o movimento que a brisa causava nas copas das árvores e as sonoridades cantantes das aves noturnas e dos cursos de água circundantes.

De súbito, o tempo mudou. Num instante, o que era paz transformou-se numa violenta tormenta, obrigando o cavaleiro a encostar a sua montada a uma grande rocha que se erguia junto ao trilho estreito que seguia. Do outro lado, o precipício descia abrupto, fazendo ouvir o rugido das correntes engrossadas pela chuva fortíssima.

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A lama aumentava, o caminho escorregava cada vez mais. A queda de cavalo e cavaleiro parecia eminente.

O homem, aterrorizado, tentou esporear o cavalo para sair daquele inferno, mas o animal aterrado nem se mexia, patas profundamente enterradas na lama do caminho.

Então, o desgraçado começou a rezar fervorosamente, mal se ouvindo as suas preces na violenta intempérie.

Mas Deus ouvia-o e, apiedado, transformou a pedra rija num refúgio para o infeliz e sua montada.

Agradecendo a ajuda, logo ali se abrigaram, deixando de ouvir a barulhenta borrasca.

O povo diz que esta misteriosa personagem não mais foi vista, mas que a sua história ficou marcada na pedra, sob a forma de uma estátua equestre, a que se começou a chamar a Pedra Cavalar.

 

Créditos:

Fonte: https://portugaldelesales.pt/lenda-pedra-cavalar-ribeira-de-pena/amp/

Fotos: https://www.guiadacidade.pt/pt/poi-ribeira-de-pena-20831

https://historia.visitaltotamega.com/projects-archive/igreja-sao-salvador-ribeira-de-pena/

28.05.22

Museus @ Portugal - Museu da Terra de Miranda

Miranda do Douro, Bragança

Miluem

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O Museu da Terra de Miranda é um museu etnográfico situado na cidade de Miranda do Douro. O Museu está situado no centro histórico, e encontra-se instalado na antiga “Domus Municipalis” da cidade, edifício setecentista datado do séc. XVII.

O edifício museológico, que se estende ao longo da rua Mouzinho de Albuquerque, deixa transparecer, através da sua estrutura, memórias que nos transportam para a prática e história do seu funcionamento, onde se desempenharam, igualmente, funções de Cadeia Municipal até ao ano de 1790.

O edifício recebe, desde o ano de 1982, as coleções etnográficas e arqueológicas cuja narrativa expositiva pretende representar a vida social, cultural, religiosa e económica das comunidades da Terra de Miranda.

No imóvel de dois andares destaca-se o corpo virado a Sudeste, com varanda a todo o comprimento, suportada pelas grandes arcadas de arcos de volta perfeita do piso térreo.

À medida que o visitante se aproxima, a porta aberta do arco direito parece querer convidar a entrar, e o canhão apontando a nascente, exposto no arco esquerdo, simbolicamente faz lembrar a forte praça militar que foi Miranda do Douro, desde o século XVI até 1762, data em que o exército castelhano destruiu a fortaleza desta cidade.

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Na narrativa expositiva do Museu da Terra de Miranda, objetos de caráter arqueológico e histórico, remetem o visitante para o tempo longo da região de Miranda do Douro, para a especificidade da língua mirandesa e para o papel desempenhado por esta na construção e no reconhecimento exterior da identidade cultural da região, bem como para o papel outrora desempenhado pela cidade na manutenção da estabilidade fronteiriça entre Portugal e Espanha.

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As coleções do Museu da Terra de Miranda são o resultado de uma recolha sistemática levada a cabo por uma equipa liderada por António Maria Mourinho, seu fundador, e são provenientes dos municípios de Miranda do Douro, Vimioso e Mogadouro. Encontram-se divididas em diferentes categorias: Arqueologia, Armas, Artes e Ofícios, Caça, Cerâmica, Equipamento de Uso Doméstico, Instrumentos Musicais, Numismática, Objetos de Uso Ritual, Pastoreio, Cestaria, Traje, Transportes e Vestuário.

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Mas é, sobretudo, no âmbito da etnografia que o Museu se propõe materializar uma abordagem à cultura da Terra de Miranda, remetendo o visitante para a ancestralidade e ao mesmo tempo para o quotidiano da vida mirandesa.

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Desde o plano do trabalho agrícola, da pastorícia, dos vários ofícios tradicionais e das atividades domésticas, – quer para os tempos de festa e intensa sociabilidade – revelados sobretudo pelos rituais de inverno tão particulares do Nordeste Transmontano.

 

Museu da Terra de Miranda

Praça D. João III, 2 5210-190 Miranda do Douro

Telefone: +351 273 417 288 – E-mail: mterramiranda@culturanorte.gov.pt

Site: https://www.museuterrademiranda.gov.pt

 

Créditos:

Fonte e Fotos: https://www.museuterrademiranda.gov.pt/

21.05.22

Museus @ Portugal - Museu Municipal de Porto de Mós

Porto de Mós, Leiria

Miluem

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Museu Municipal de Porto de Mós

 

Aberto ao público desde 1989, o museu recolhe e expõe peças relacionadas com as atividades inerentes ao uso e ocupação do solo, com os recursos geológicos e com a história da exploração e aproveitamento dos carvões da Bacia do Lena.

Entre as várias coleções destacam-se a cerâmica da Real Fábrica do Juncal (1770 – 1876), o núcleo epigráfico proveniente de vários pontos do concelho (Romano – Medieval), as coleções de rochas, minerais e fósseis e o núcleo etnográfico.

Assume-se como um museu pluridisciplinar tendo como missão investigar, preservar e divulgar a herança natural e histórico-cultural do território concelhio, passado e presente, nas suas diferentes expressões, com objetivos científicos, culturais e lúdicos que contribuam para um melhor conhecimento e valorização da identidade e das singularidades do património do concelho de Porto de Mós.

 

https://www.municipio-portodemos.pt/pages/1402?poi_id=375

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Museu Municipal de Porto de Mós - Avenida da Liberdade - 2480-302 Porto de Mós

Telefone: 244 499 652 - e-mail: museu@municipio-portodemos.pt

site: www.municipio-portodemos.pt

Horário: De terça a sábado das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30

Encerra aos domingos, segundas-feiras e feriados.

 

Fotos: https://www.municipio-portodemos.pt

19.05.22

Sacorelhe, Vouzela, Viseu @ Lendas de Portugal - Lenda de São Domingos

Miluem

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Capela de São Domingos, Sacorelhe

 

Contam os antigos, que há muitos séculos atrás, São Domingos veio para Sacorelhe e que por ali viveu, na zona perto da floresta, a que chamam o "Lameirão".

Os populares tinham uma grande estima por São Domingos, de tal modo que, após o seu falecimento, construíram uma pequena estátua em pedra em sua representação e memória.

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Por ser conhecido como um santo milagreiro, conta-se que os habitantes de Vasconha, uma povoação das proximidades, na freguesia de Queirã, queriam levar São Domingos para a sua povoação.

Por isso, cada vez que as mulheres de Vasconha vinham ao "molho" para a zona de Sacorelhe, escondiam o São Domingos no meio do molho a fim de o levarem para Vasconha.

No entanto, São Domingos, que era levado pelas mulheres, bem escondido no meio da erva, acabava sempre por regressar a Sacorelhe sozinho, sem que ninguém soubesse explicar esse mistério.

A lenda de São Domingos é uma das mais populares na freguesia de Ventosa, mantendo-se viva na memória do povo, que assegura que no Lameirão, por onde andava São Domingos, ainda se podem encontrar as ruínas da sua sepultura e do púlpito onde pregava.

Relatam também que foram feitas diversas tentativas para retirar o púlpito do local, sem que, até hoje, alguém tivesse conseguido concretizar a sua retirada.

 

A Direção Geral do Património Cultural realizou escavações no local denominado Lameirão e classificou a estrutura ali existente como uma sepultura rupestre, da alta idade média. Segundo Marques (2000) *, trata-se de uma "campa antropomórfica, com cabeceira em arco de volta perfeita, 1,70 m de comprimento, 42 cm de largura máxima e está orientada a 50º. (…) Segundo informação oral, junto à casa da guarda-florestal, a cerca de 20 m da sepultura, foram identificadas telhas e pedra aparelhada, que de acordo com a tradição popular estariam relacionadas com uma igreja dedicada a São Domingos“.

 

A lenda perdura e, atualmente, no lugar de Sacorelhe, encontra-se uma Capela construída em honra de São Domingos, localizada num largo ao qual foi igualmente dado o nome do santo. Trata-se de uma capela em pedra, com uma só nave e um campanário (torre com sinos).

A Capela não se encontra permanentemente aberta a visitantes, contudo é possível agendar uma visita mediante contacto prévio.

Anualmente, abrem-se as portas para acolher as festas em honra de São Domingos, a 4 de agosto. 

 

Fonte: Vouzelar – Associação de Promoção de Vouzela in https://ms-my.facebook.com/vouzelar/posts/1143916432435963

 

Créditos:

Fonte:  https://www.freguesia-ventosa.pt/historiaslendas

Fotos: https://www.freguesia-ventosa.pt/patrihistcultural

https://ingress-intel.com/portal/capela-do-sao-silvestre-de-vasconha/

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