Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

As coisas de que eu gosto! e as outras...

Bem-vind' ao meu espaço! Sou uma colectora de momentos e saberes.

As coisas de que eu gosto! e as outras...

17.04.22

««Tradições »» A celebração da Páscoa em Sedielos

Peso da Régua, Vila Real

Miluem

F54570FF-F2EF-4061-AD72-67B0A1296853.jpg

Sexta-feira, 13 de Julho de 2007

Daniela Coutinho - IT 1º Ano 2º Semestre - Etnologia   

Docente: Raquel Moreira

Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril     

 

O termo “Páscoa” deriva do grego Pasca, que deriva do aramaico pasha e do hebraico pesah. É, assim, natural verificar que o nome poderá ter vários significados. A Bíblia relaciona este termo com o verbo pasah, que pode definir-se por coxear ou executar uma dança ritual à volta de um sacrifício ou, mesmo, saltar, passar, perdoar.

É importante referir que a Páscoa é celebrada tanto por cristãos como por judeus de formas distintas. Embora a Páscoa se tenha tornado numa celebração profundamente religiosa, o mais interessante é que a vertente natural se manteve. Note-se que, desde o início da sua existência, o Homem presta a sua homenagem à Natureza, conforme as estações do ano. A Primavera e o seu equinócio marcam o início de uma fase extremamente rica e simbólica em que a fertilidade e a renovação existentes por toda a Natureza são sinais positivos que marcam o fim da estação do ano mais dura e fria e trazem de volta o sol, as cores quentes, tal como os primeiros “verdes”, os quais serão importantíssimos no Verão, tempo de colheitas.

Desta forma, a Páscoa acaba por ter duas vertentes bastante fortes: a celebração religiosa e a celebração da Primavera, do sol, da fecundidade e regeneração, da dádiva da vida e de um novo início[1].

A Páscoa que passo a analisar é um momento muito importante para a freguesia de Sedielos. No concelho do Peso da Régua, inerente a Trás os Montes, como em grande parte do interior de Portugal, o êxodo rural deixou grandes marcas e vestígios de uma outra forma de vida que actualmente só existe lá, nas aldeias abandonadas pelas gerações seguintes e povoadas hoje por uma geração que não voltará a ser renovada.

Em Sedielos, mais precisamente na localidade de Sobre-a-Fonte, encontramos um aglomerado de casas onde há 30 anos atrás existiam numerosas famílias com mais de cinco filhos. Na casa onde passarei a Páscoa existe uma família que já teve 10 membros (o pai, a mãe e os seus 8 filhos). Hoje, esta família tem muitos mais membros, embora o pai já tenha falecido. As novas gerações, das quais faço parte, nunca poderão ter a consciência nem a ideia exacta do que foi viver-se lá permanentemente. A geração dos nossos pais, por sua vez, que foram lá criados, não sentiram que tivessem ali algum futuro e como consequência de tais tempos e de tais transformações no país, partiram assim que puderam para outras cidades, para trabalhar, estudar, para procurar um futuro diferente e com mais oportunidades. A mãe ficou em Sedielos, tal como todas as outras mães e pais.

O seu nome é Leontina Coutinho, as rugas na sua cara indicam uma vida dedicada aos filhos e ao seu pedaço de terra, constantemente cultivado com dedicação. É a minha avó e traz consigo no olhar a progressiva sensação de que já não poderá proporcionar aos seus filhos a segurança de outrora, até mesmo às suas vinhas. “Pensais que ainda posso andar nisto? As minhas mãos estão num bolo, tenho de chamar alguém para me ajudar. Deus me acuda”, a sua conversa com a filha mais nova confirma este facto.

A realidade é que nestas pequenas aldeias vive-se intensamente a religião cristã, existem devoções a vários santos e identidades religiosas que são praticamente o motivo de fé desta população. Santiago é talvez o que tem mais importância em Sedielos: pode-se encontrar no topo do planalto, a capela de Santiago e um espaço envolvente construído para esta população que é também um dos locais mais visitados por população de outras localidades. Também se pode mencionar que existem outros santos como S. José, Santo António e até uma santa que ainda não foi reconhecida, a “Sãozinha”. A devoção por estes santos pode comprovar-se através de azulejos expostos nas fachadas de várias casas.

sedielos1_1_200_2500.jpg

Assim, é natural confirmar que a Páscoa é um dos momentos anuais mais celebrados e vividos com alegria.

A Páscoa, como se sabe, na religião cristã celebra-se durante 50 dias. O dia principal e o mais importante celebra-se na primeira lua cheia após o equinócio da Primavera, normalmente o dia insere-se no período entre 22 de Março e 25 de Abril.

No Norte e Centro do país pratica-se um ritual importantíssimo, já desde o século XIX: a Visita Pascal. Nesta visita, o protagonista é o pároco da localidade, que visita todas as casas da aldeia para as abençoar a trazer a boa nova. Traz consigo três sacristães, que o acompanham por todo o percurso e que carregam um crucifixo florido, o qual as famílias costumam beijar.

A origem deste hábito não é a mais precisa, mas aponta-se para o século XIX , século em que um pároco começou a visitar as famílias que tinham pessoas doentes. Este pároco benzia as casas e trazia uma palavra amiga, especialmente durante a quadra Pascal. Pensa-se que este pároco possa ter dado origem a esta visita tradicional, ritual realizado predominantemente nestas regiões.

Um dos filhos de Leontina, Manuel Coutinho, mencionou numa conversa comigo que o dia da Visita Pascal é, de facto, um dos dias mais esperados pela população de Sedielos.

Copie de IMG_0548.JPG

Dado que a realização desta visita em todas as localidades da freguesia seria impossível apenas no domingo de Páscoa, esta visita prolonga-se por toda a semana.

Inicia-se no domingo de Páscoa, na primeira metade da freguesia, mais precisamente na localidade de Carvalho e finaliza-se no domingo seguinte, domingo de Pascoela, em Sobre-a-Fonte.

Para a população desta freguesia a ocorrência desta Visita Pascal é tão importante que acaba por ser o motivo principal da celebração. Ou seja, por todas as localidades, as pessoas defendem que a “sua” Páscoa acontece no dia em que o padre oferece a bênção às suas casas e traz consigo o “Senhor”. Portanto, consoante as localidades, ouvimos os habitantes que defendem “A minha Páscoa é na segunda-feira” ou “A minha Páscoa é no domingo de Pascoela”.

Uma das curiosidades de que tive conhecimento é que esta Visita Pascal também pode ser denominada de “Compasso”, visto que, por exemplo, na freguesia vizinha (Vinhós), mais precisamente na localidade da Ermida, a visita era acompanhada de uma tuna e, enquanto caminhavam pelas ruas, existia um ritmo específico e característico.

Outro pormenor a determinar é que, segundo a linguagem popular, esta visita é essencialmente a “visita do Senhor“, ou seja, o “Senhor”, Jesus Cristo, parte da Igreja e abençoa todas as casas da aldeia. O pároco é o que é responsável por levá-lO a todas as famílias.

A Visita Pascal foi realizada, este ano, no dia 15 de Abril e, no dia 14 à tarde parti de Lisboa com destino a Sedielos para comemorar com a minha avó, tios e primos o domingo de Pascoela que, em Sedielos é a “sua” Páscoa.

Chegámos, eu e a minha família, a Sedielos ao fim da tarde. Depois de uma longa viagem, uma refeição ao ar livre, perto das vinhas que ainda estão quase nuas, traz algum descanso. A minha avó, contente por ver grande parte dos seus filhos reunidos, começa a mostrar sinais de preocupação: “Onde ides vós dormir?”.

A minha tia, a filha mais nova que é também minha madrinha, tinha acabado de fazer o Pão de Ló , a sua filha pequena também a ajudava a fazer o bolo de ananás, sobremesa do almoço do dia seguinte.

O Pão de Ló é decorado e colocado à vista da minha avó que, continuamente, perguntava se já se tinha feito o “Bolo para o padre”.

À noite combina-se a hora de alvorada, pois o “Senhor” chegava por volta das 11 da manhã, segundo a minha avó.

15102504_CJAvk.jpeg

Na manhã de domingo, dia 15, às 8 da manhã já quase todos estavam a tomar o pequeno almoço. A minha avó já tinha decorado a porta e as janelas com alecrim[2], já tinha comprado o pão e andava freneticamente de um lado para o outro preocupada com o almoço e a atender telefonemas da família que lhe desejavam a ela e a todos uma Páscoa feliz.

Depois do pequeno almoço começa-se a decorar travessas com fruta, lenha é colocada no forno e, dentro de casa, escolhe-se a toalha rendada mais bonita e “põe-se a mesa para o padre”. Por volta das 9 da manhã ouve-se lá longe três fortes foguetes e a minha avó alerta-nos “Ide-vos arranjar que o Senhor já saiu da igreja e não tarda está aí”.

Na mesa é colocado o Pão de Ló cortado às fatias. Abre-se uma caixa de bombons e colocam-se também na mesa numa taça, acompanhada de vários cálices, assim como de uma garrafa de um bom vinho do Porto.

Na rua sente-se um grande movimento: pessoas deslocam-se para cima e para baixo com folares, flores, garrafas de vinho e caixas com bolos. De repente ouve-se um foguete, este tinha sido mandado de uma casa do cimo da rua. A minha avó apressa-se a mandar todos para a sala e para “beijar o Senhor”.

Antes de irmos para a sala, aproximamo-nos da porta e avistamos o padre e o seu crucifixo florido, acompanhado de sacristães a descer a rua. Tocam uma campainha que alerta a sua chegada. Um alegre “Bom dia! Boa Páscoa! Aleluia Aleluia!” ouve-se e nos olhos da minha avó nota-se uma grande alegria.

O pároco benze a casa e um dos sacristães oferece o crucifixo a cada membro da família presente na sala para o beijar. Após a oração e a bênção, a minha avó acompanha o padre à mesa e pede-lhe que coma e beba à sua vontade. O padre confessa que lhe apetecia era ficar ali, mas que ainda lhe esperava uma longa caminhada. Conversa-se sobre banalidades e ri-se com o apetite do padre e dos sacristães. Comenta-se as suas sapatilhas e que deve ser difícil andar tanto e durante todo o dia.

Após algumas gargalhadas o padre cumprimenta a minha avó e deseja-lhe uma Páscoa feliz. Enquanto fecha a porta, a minha avó suspira e depois, em voz alta, chama-nos “Vinde comer o bolo e beber o vinho!”[3]

Após a fatia de bolo e o cálice de Porto, as atenções viram-se para o cabrito que terá de ser cortado e assado no forno que está lá fora. As batatas que já estão no forno da cozinha começam a deixar um aroma atractivo.

Vão-se ouvindo foguetes por toda a rua. Ao longe nota-se que está a decorrer a feira e, depois de o Cabrito já estar no forno, decide-se ir passear ao seu recinto. Pelo caminho passamos pelo Cruzeiro da aldeia. Nele está representado, através de várias imagens esculpidas na sua base, a via sacra, ou seja, o percurso de Cristo até à sua morte; deitado aos pés de Cristo crucificado está, segundo o meu tio, o discípulo “amado”, que se diz ser S. João. Mais um símbolo da Páscoa e da religiosidade da aldeia.

Ao encontrar vários conhecidos, os meus tios desejam-lhes Boa Páscoa; as senhoras mais velhas cumprimentam-nos com ternura e, com os meus tios, recordam a sua infância e os seus jogos de futebol. Ouve-se por todo o lado “O Senhor já foi a vossa casa?”.

À hora de almoço chega o meu padrinho, que também é padrinho da minha prima mais nova. Traz dois grandes embrulhos: um ovo e um livro para cada uma. Grata pela sua oferta, recordo que o meu pai me contou um dia que quando ele era criança, em Sedielos, a tradição não era apenas esperar por uma prenda do padrinho: os afilhados deviam antes ter a preocupação de procurar os seus padrinhos e pedir-lhes a bênção, como sinal de respeito e também de festejo; seguidamente seria o padrinho que, tradicionalmente, oferecia ao seu afilhado um folar, típico da terra.

Torna-se evidente que a tradição é realmente algo que sofre alterações constantes. A Globalização é, geralmente, o agente responsável, evidenciando a comercialização de símbolos que não os nossos originais; exemplo disso é o ovo de chocolate, o coelho, entre outros. Embora sejam símbolos primaveris e que cá também se celebre a Primavera, as tradições vão-se alterando e muitas das raízes de determinados rituais acabam por se desvanecer no tempo.

Ao almoço come-se com satisfação o cabrito assado acompanhado com arroz tostado no forno num recipiente de barro, assim como as batatas assadas.[4]

Por toda a casa estão flores deixadas em cima de balcões e mesas, flores colhidas do próprio terreno da minha avó, que se oferecem constantemente. A minha mãe comenta feliz “Já é a terceira flor que a Zé me oferece hoje!”. A oferta feita pela sua cunhada simboliza precisamente o que a Páscoa também representa, que é a dádiva e a celebração não só da ressurreição de Cristo, como do renascimento da vida entre a Natureza.

Quando nos sentámos à mesa, por volta das 20h, para jantar, ouvem-se novamente três estrondosos foguetes e comentam uns com os outros “O Senhor recolheu”. Rapidamente as conversas se focam novamente em assuntos do quotidiano mas, na realidade, após mais de 11 horas de caminhada e de Compasso, a Páscoa de Sedielos tinha terminado.

A preocupação era agora onde dormir e a arrumação e organização das bagagens para, no dia seguinte, se regressar a Lisboa, ao Porto, a Guimarães. As cidades em que está à nossa espera outra realidade: trabalho, filhos, escola, actividade e rotina.

Em Sedielos permanece Leontina, queixando-se das suas mãos inchadas. Depois de dar garrafões do seu vinho, batatas e couves, deixa-se ficar perto das suas vinhas e da sua cerejeira florida. “Ide com Deus”.

 

Bibliografia

BONNARD, Pierre-Émile (1982). “Pascua” in X. Léon-Dufour, Vocabulario de Teología Bíblica­. Barcelona: Herder, 647-651

BRAGA, Teófilo (1885). O Povo Português nos seus costumes, crenças e tradições. Lisboa: Pub D.Quixote, vol 2

 VASCONCELOS, José Leite de (1982). Etnografia Portuguesa. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, vol VIII                                                                    

 

[1] Existiu mesmo a tradição que se baseia na oferta de ovos decorados e pintados à mão, normalmente às crianças. Hoje, os ovos são de chocolate e, geralmente, trazem brinquedos. Embora se tenha perdido a simplicidade e a criatividade e que este símbolo se tenha comercializado, permanece como símbolo da Primavera e da celebração da vida.

[2] O alecrim, flor da época e predominante na Páscoa, é tradicionalmente colocado nas entradas de cada casa, simbolizando principalmente a alegria primaveril e as boas vindas ao Senhor.

[3] Podemos confirmar esta tradição através da seguinte citação de Vasconcelos: “[...]Mal a campainha retiniu no adro da igreja, assombraram às portas e às janelas caras risonhas e curiosas. [...] A campainha não cessava de tilintar alegremente. Enquanto o senhor Prior embebia o hissope na caldeirinha e aspergindo a água-benta em cruz, murmurava caricioso: Boas Festas....Aleluia, Aleluia.....o sacristão oferecia o crucifixo à família ajoelhada, onde todos por sua vez, pousavam um ósculo reverente e comovido. Depois convidavam-nos a descansar um instante. E logo lhes solicitavam que provasem pelo menos um cálice de Porto ou um copinho do Verde, à escolha. Mas o senhor Prior obstinava-se numa recusa afectuosa, enquanto o sacristão apenas embolsado o folar, afilava os dedos sobre a bandeja do doce, esgotando dois copos de enfiada. Forte Calor! Exclamava no fim, para disfarçar a ousadia. Nem parece que se está em Abril!” (Vasconcelos:1982,236)

[4] Esta tradição repete-se também pela região do Minho. “No Alto Minho e arredores de Monção, em todas as famílias, mata-se um cabrito à segunda feira imediata ao domingo de Páscoa. Segue-se o Compasso, ou a visita que o pároco faz aos casais da freguesia depois da Páscoa; no Minho chama-se também o Folar, oferecendo-se ao pároco uma garrafa de vinho, um pão de ló e uma moeda de prata”. (Braga:1885,196)

 

Créditos:

Fonte: https://castanheira2006.blogs.sapo.pt/5059.html

Fotos:

https://www.jfsedielos.pt

https://www.cm-pesoregua.pt/pages/613

https://sedielense.blogspot.com/2007_07_08_archive.html

https://castanheira2006.blogs.sapo.pt/no-seio-da-mae-serra-9286

Video: Youtube

16.04.22

««Tradições »» Hoje é Sábado de Aleluia

Miluem

cq5dam.thumbnail.cropped.750.422.jpeg

Quem nasceu e foi criado, num meio rural certamente se lembra, neste Sábado Santo pelas 10H00 se lançarem foguetes, anunciando que Cristo tinha ressuscitado.

 

Qual é o significado do Sábado de Aleluia?

O Sábado de Aleluia, ou Sábado Santo, é o dia em que se lembra do tempo em que Jesus permaneceu morto, depois de ter sido crucificado. Essa data é comemorada por muitos cristãos no dia antes da Páscoa, que é a celebração da ressurreição de Jesus.

O nome Sábado de Aleluia vem da tradição na Igreja Católica de não dizer “aleluia” na missa durante a Quaresma. No fim do Sábado de Aleluia, finalmente se diz aleluia, para anunciar o início da Páscoa.

 

O que aconteceu no Sábado de Aleluia?

O Sábado de Aleluia foi um dia de grande tristeza para os discípulos de Jesus. No dia anterior, Jesus tinha sido condenado e morto em uma cruz. Jesus tinha avisado que isso precisava acontecer, mas eles não tinham compreendido e ainda não sabiam o fim da história. Sua esperança tinha sido destruída.

Quando Jesus foi preso, os discípulos tinham todos fugido, abandonando-o. Agora Jesus, o salvador que deveria mudar o mundo, estava morto e sepultado e eles estavam humilhados e destroçados. Tudo parecia perdido.

Jesus tinha sido sepultado à pressa ao fim do dia na sexta-feira, porque o sábado era um dia de descanso para os judeus. Nesse dia, não deveriam fazer nenhum trabalho. Por isso, os discípulos ficaram em casa nesse dia. Mesmo assim, os sacerdotes do templo enviaram um destacamento de guardas para vigiar o túmulo e impedir que os discípulos roubassem o corpo.

Esse sábado foi um dia de silêncio e espera. Parecia não haver solução mas, no dia seguinte, o maior milagre de todos aconteceu: Jesus ressuscitou!

 

Qual é a importância do Sábado de Aleluia?

O Sábado de Aleluia nos lembra que Jesus morreu de verdade. Não foi uma farsa. Jesus morreu, assim como todos nós um dia também teremos de morrer. Sua identificação com a humanidade foi completa, até na morte. Mas Jesus foi um passo mais além.

Ninguém poderia ter sobrevivido à crucificação, junto com a perda de tanto sangue. Jesus esteve mesmo morto no Sábado de Aleluia. Mas Jesus venceu a morte! Seu sacrifício na cruz foi perfeito e quebrou o poder da morte, trazendo salvação a todos que crêem nele

Assim como Jesus morreu, mas depois ressuscitou, quem crê nele também morrerá mas tem a promessa da ressurreição para a vida. A morte não é o fim da história!

 

Créditos:

Fonte: https://www.mundoportugues.pt/2020/04/11/hoje-e-sabado-de-aleluia/

Foto: https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2021-04/segunda-feira-do-anjo-as-mulheres.html

15.04.22

Feriados Portugueses • Sexta-Feira Santa

Miluem

semana-santa-cruz-quaresmal.jpg

Sexta-Feira Santa é um feriado religioso que se celebra na sexta-feira antes do Domingo de Páscoa.

É a data em que os cristãos lembram o julgamento, crucificação, morte e sepultura de Jesus Cristo, através de diversos rituais religiosos.

Também conhecida como Sexta-Feira da Paixão, a Sexta Feira Santa é um feriado móvel.

Celebra-se entre 22 de Março e 25 de Abril e serve de referência para outras datas, sendo a primeira sexta feira de lua cheia após o equinócio de Primavera no hemisfério norte, ou o equinócio de Outono, no hemisfério sul, celebrado a 21 de Março.

Na Igreja Católica este dia faz parte do Tríduo Pascal (composto pela Quinta-Feira Santa, Sexta-Feira Santa e Vigília Pascal, o período mais importante do ano litúrgico).

A Igreja celebra e contempla a paixão e morte de Cristo e é o único dia em que não se celebra a Eucaristia.

 

Tradições da Sexta Feira Santa

Uma das principais tradições dos católicos praticantes é a abstinência da carne, em respeito ao sacrifício de Cristo na cruz.

Na noite de Sexta-Feira Santa a Igreja realiza a Via Sacra, uma oração que tem como objetivo levar os cristãos a meditar na paixão, morte e ressurreição de Cristo.

(Fonte: http://www.calendarr.com)

Créditos:

Fonte: https://agmigueltorga.edu.pt/index.php/documentos/calendario/8-sexta-feira-santa

Foto: http://www.planicie.pt/2020/04/10/covid-19-pascoa-2020-uma-sexta-feira-santa-diferente/

14.04.22

Ventosa, Vouzela, Viseu @ Lendas de Portugal - Lenda do Dragão

Miluem

1593774853.jpg

Esta lenda conta-nos que em tempos antigos, havia uma criatura enorme e com pele coberta de escamas, um dragão, que vivia numa mata próxima à povoação de Vila Nova, num largo chamado Santo, em Portelo de Vila Nova, próximo ao atual parque de campismo da N. Sra. Do Castelo. 

Esta criatura exigia aos habitantes daquelas terras que lhe fosse entregue diariamente uma pessoa para seu alimento.

Caso recusassem fazer o sacrifício humano, a criatura devastaria todas as povoações ao redor.

Assim, a fim de conter a fúria do dragão, alguém diariamente era entregue à mercê da criatura para ser devorado, cumprindo a sua vontade.

No lugar da Corujeira, vivia um homem que era criado na casa de um grande senhor da época.

Um dia, este homem ofereceu-se para ir ao encontro do dragão.

Terá montado um dos cavalos de seu senhor e preparou-se para ir até ao covil da criatura, onde seria devorado. 

Mas ao chegar junto do monstro pegou numa lança que trouxera consigo e lançou-a sobre o dragão, atingindo-o e matando-o.   

Considerado um herói, em sua homenagem, na casa onde era criado foram edificadas pedras à entrada com a representação da sua imagem matando o monstro.

Ainda hoje se podem ver estas esculturas junto da casa onde vivia o herói. 

 

Créditos:

Fonte: https://www.freguesia-ventosa.pt/historiaslendas

Foto: https://www.freguesia-ventosa.pt/patrihistcultural

13.04.22

Perlustrando ... @ Trava-línguas da cultura portuguesa

Miluem

que.jpg

Perlustrando patética petição produzida pela postulante, prevemos possibilidade para pervencê-la porquanto perecem pressupostos primários permissíveis para propugnar pelo presente pleito pois prejulgamos pugna pretárita perfeitíssima.

 

Créditos:

Fonte: https://mscamp.wordpress.com/2008/09/11/trava-linguas/

Foto: https://pxhere.com/pt/photo/1403204

12.04.22

««Tradições »» Queima do Judas @ Travassô, Águeda, Aveiro

Sábado antes do domingo de Páscoa. Sábado de Aleluia

Miluem

queima-do-judas.jpg

No Sábado de Aleluia, (sábado antes ao domingo de Páscoa), à noite, na freguesia de Travassô, realiza-se a festa, ou Queima do Judas.

Esta tradição perde-se no tempo e tem em carácter simbólico de expiação dos males e de purificação, através do fogo. Relacionado com este acontecimento, encontramos, também, uma marcada expressão satírica das gentes locais.

É uma festa tipicamente profana, com origem no imaginário cristão, segundo o qual Judas entregou Jesus à morte, tornando-se por isso um traidor.

A queima do Judas, não é só o queimar de um boneco de palha, mas, também, a representação, no adro da igreja, de um trabalho artístico e literário, numa rivalidade saudável, entre os lugares de Cima e de Baixo, sendo a parte das letras relativa, ou alusiva ao cenário artístico. Explora-se o aspecto crítico, humorístico, com especial incidência na vida política e social.

No final, pela meia-noite, lê-se o célebre “Testamento do Judas” que consiste em deixar uma “herança” aos jovens solteiros de Travassô, criando-se para o efeito quadras de escárnio e maldizer, onde se ridicularizam os vícios e costumes populares.

 

Créditos:

Fonte: https://www.cm-agueda.pt/viver/cultura-e-educacao/cultura/etnografia-folclore-popular/habitos-e-tradicoes-populares/queima-do-judas.

Foto: https://www.portugalnummapa.com/queima-do-judas/