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As coisas de que eu gosto! e as outras...

Bem-vind' ao meu espaço! Sou uma colectora de momentos e saberes.

As coisas de que eu gosto! e as outras...

24.03.22

Paço de Sousa, Penafiel, Porto @ Lendas de Portugal - Lenda da porca de sete mamas

Miluem

cruzeiro-1.jpgCruzeiro de Paço de Sousa

 

Lenda da porca de sete mamas

Testemunha: várias pessoas
Local: vários

 

Reza a lenda que pelos finais da tarde e pela noite, aparecia nas florestas mais escuras uma grande e aterradora porca, não há muitos mais detalhes sobre esta história mas os principais alvos desta criatura seriam crianças. 

Esta história era contada pelos mais velhos aos mais novos de forma a impedir que estes com medo, fossem para os montes quando escurecesse. 

Uma variante semelhante a esta história é também contada, com o avistamento de uma porca com sete filhos pequenos. Estes avistamentos eram insólitos pois podiam estar duas pessoas e apenas uma era capaz de a ver.

 

Créditos:

 

Francisco Fonseca, 2018 - Lendas e Mitos de Paço de Sousa

Da Investigação Etnográfica à Construção do Livro Ilustrado

Relatório de Projeto para Obtenção do grau de Mestre em Desenho e Técnicas de Impressão

Orientação pelo professor Júlio Dolbeth - Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto

Foto: https://www.visitarportugal.pt/porto/penafiel/paco-sousa/cruzeiro

22.03.22

Paço de Sousa, Penafiel, Porto @ Lendas de Portugal - Lenda dos Cães e da Ramada

Miluem

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Ribeiro de Gamuz e Mosteiro de Paço de Sousa

Lenda dos Cães e da Ramada

Testemunha: Emília Ferreira

Local: Paço de Sousa

 

O relato trata uma situação paranormal, onde num dia normal de sol e aquando de um comício é ouvido um forte barulho de ladrar, como se de uma matilha de cães se tratasse. 

O barulho vinha de baixo de uma ramada, e depressa as pessoas se dirigiram ao local para ver o que realmente se passava. O espanto foi enorme quando repararam que nenhum tipo de animal se encontrava no local e o próprio barulho havia desaparecido.

 

Créditos:

Francisco Fonseca, 2018 - Lendas e Mitos de Paço de Sousa

Da Investigação Etnográfica à Construção do Livro Ilustrado

Relatório de Projeto para Obtenção do grau de Mestre em Desenho e Técnicas de Impressão

Orientação pelo professor Júlio Dolbeth - Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.

Foto: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%A7o_de_Sousa

21.03.22

Palavras Escondidas = Serras de Portugal III

lazer + conhecimento

Miluem

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Serras de Portugal

 

ARANOMCALOMC
VIRÃVALONGOA
EOROTROXORNL
LLAPAOTOPACD
EWIPÓFNALLHE
IMONSANTOHII
RALARSEMUEQR
ANOURALNRIUÃ
OSSARIASOREO
TEMOOÃISNAIR

 

Serra d' ___

  • Ansião
  • Arraiolos
  • Aveleira
  • Caldeirão
  • Gralheira
  • Lapa
  • Louro
  • Marofa
  • Monchique
  • Monsanto
  • Ossa
  • Oura
  • Roxo
  • Valongo

 

Créditos:

Fonte: Wikipédia + conhecimento pessoal

Foto: https://outdoorportugal.pt/serras-mais-altas-de-portugal/

 

Resolução: https://fotos.web.sapo.io/i/B841895ef/22263740_9DYdO.png

20.03.22

Barcelos, Braga @ Lendas de Portugal - Lenda de Maria Fidalga

Miluem

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Lenda de Maria Fidalga

 

A lenda de Maria Fidalga faz parte da tradição oral portuguesa ligada ao Monte d’Assaia, no concelho de Barcelos e a sua história passou entre o Souto e Fonte Velha na encosta deste monte nos séculos XVI ou XVII.

Segundo a lenda, um certo fidalgo de Arcos de Valdevez andava intrigado com o desaparecimento do anel da sua mulher e já lhe nasciam suspeitas sobre a sua fidelidade. Como a fama de Maria Fidalga, uma feiticeira reconhecida, já lá tinha chegado, o fidalgo, acompanhado de um criado procura a famosa bruxa no Monte d’Assaia para desvendar o caso.

Chegado a Laje dos Sinais no Monte d’Assaia é recebido pela bruxa e informado de que só poderia regressar na manhã seguinte, uma vez que ela apenas à meia-noite receberia do próprio Diabo a informação desejada. O fidalgo aceita e a bruxa preparalhe dormida e aguarda a meia-noite. Tem então lugar o oráculo, o Diabo informa a Maria Fidalga que o anel está no bucho do «ruço», o porco do fidalgo, mas proíbe-a de lho revelar e obriga a confirmar as suspeitas sobre a infidelidade da esposa.

Por artes do próprio Diabo, o criado que por se quer agasalhar contra o frio da noite ficou na proximidade da lareira da cozinha e por uma frincha do tabuado, presenciou a conversa entre o Diabo e Maria Fidalga. Na manhã seguinte, a bruxa contou tudo ao fidalgo como o Diabo lhe tinha ordenado. O fidalgo partiu a galope para se vingar da traição. O criado, por sua vez, meteu rapidamente os pés a caminho para evitar que seu mestre cometesse um injustiça e salvar a ama. Depois de muito esforço, conseguiu alcança-lo. Cansado e furibundo, sentenciou o fidalgo;

- Mato o porco, mas mato-te a ti com ela se não encontrar o anel.

O criado depois conta ao fidalgo tudo que ouviu. Chegam a Arcos de Valdevez, estripam o porco e aparece o anel. Então com a mesma rapidez o fidalgo regressa ao Monte d’Assaia e no local prende a Maria Fidalga ao rabo do cavalo e arrasta-a da Fonte da Pegadinha até à morte na Laje dos Sinais. A forma da tal ferradura era visível junto à Fonte da Pegadinha como também a sua própria estrutura serve para marcar o sítio do início do seu sofrimento.

 

Créditos:

Fonte: https://www.cm-barcelos.pt/visitar/lendas-de-barcelos/

Foto: Por Joseolgon - Obra do próprio, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=94945662 - https://pt.wikipedia.org/wiki/Monte_d%27Assaia

19.03.22

Museus @ Portugal - Museu Nacional Grão Vasco

Viseu

Miluem

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Museu Nacional Grão Vasco

http://www.museunacionalgraovasco.gov.pt/

 

O Museu Nacional Grão Vasco está localizado no centro histórico de Viseu, no antigo palácio dos bispos, do século XVI, ao lado da catedral.

Em nada surpreende que o pintor Vasco Fernandes, celebrizado no decurso dos séculos com o epíteto Grão Vasco, seja a referência maior, na designação e nos conteúdos, do museu de Viseu. Fundado a 16 de Março de 1916, justamente com a finalidade de preservar e valorizar “os valiosos quadros existentes na Sé de Viseu (...) o tesouro do cabido da Sé, além doutros objetos de valor artístico ou histórico”, o Museu Nacional Grão Vasco (MNGV) teve nas dependências da Catedral, sensivelmente até 1938, o seu primeiro espaço.

A Francisco de Almeida Moreira, seu fundador e diretor, deve-se a ampliação das coleções, bem como a conquista progressiva das galerias do edifício contíguo à Catedral, o Paço dos Três Escalões, que à data da fundação do museu acolhia ainda diversos serviços públicos.

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A coleção principal do Museu é constituída por um conjunto notável de pinturas de retábulo, provenientes da Catedral, de igrejas da região e de depósitos de outros museus, da autoria de Vasco Fernandes (c. 1475-1542), o Grão Vasco, de colaboradores e contemporâneos. O acervo inclui ainda objetos e suportes figurativos originalmente destinados a práticas litúrgicas (pintura, escultura, ourivesaria e marfins, do Românico ao Barroco), maioritariamente provenientes da Catedral e de igrejas da região, a que acrescem peças de arqueologia, uma coleção importante de pintura portuguesa dos séculos XIX e XX, exemplares de faiança portuguesa, ourivesaria, porcelana oriental, numismática e mobiliário.

 

Museu Nacional Grão Vasco 

Paço dos Três Escalões, Adro da Sé, 3500-195 Viseu

T.: +351 232 422 049 - mngv@mngv.dgpc.pt - Diretora: Odete Paiva

 

Google Arte, visita virtual: https://artsandculture.google.com/partner/grão-vasco-museum?hl=pt-BR

 

Créditos:

Fonte: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Museu_Nacional_Gr%C3%A3o_Vasco

Fotos:

http://www.museunacionalgraovasco.gov.pt/?p=4

http://www.museunacionalgraovasco.gov.pt/?p=237

18.03.22

««Tradições »» Amentar as Almas

Quaresma em Vila de Pereira

Miluem

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Amentar as Almas

 

A Quaresma corresponde, para os católicos a um período de penitência e oração, de jejum e abstinência, a morte de Jesus Cristo na cruz e a sua Ressurreição no Domingo de Páscoa, ditaram uma fé ilimitada na vida alem-túmulo.

A sufragação das Almas do Purgatório e dos entes queridos constitui, desde sempre, uma preocupação dos vivos.

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Na Vila de Pereira o costume enraizado há muitos anos mantém actualidade. Um grupo de senhoras, a maioria viúvas organiza na Quaresma, de Quarta-Feira de Cinzas ao Domingo de Ramos, às Terças e às Sextas-Feiras à noite o Amentar das Almas.

O grupo formado por cerca de 20 pessoas, vestidas de preto, juntam-se na Capela de Nossa Senhora do Pranto e partem dali acompanhadas por um homem vestido de varino preto, cajado numa mão e lanterna acesa na outra, para cumprir o itinerário programado.

Cantam três vezes em cada ponto de paragem:

 

“ Oh, almas santas benditas

peçam a Deus Nosso Senhor

que estas mesmas orações

sejam em Vosso louvor. ”

“ Oh Cristão que és terra

olha, que hás-de morrer

a morte anda buscando

quer de noite, quer de dia. “

 

Rezam em silêncio um Pai Nosso e uma Ave Maria pelos irmão que deram o corpo á terra fria.

 

“ Rezemos um Pai Nosso

e uma Ave Maria Também

pelas Almas dos nossos Pais

e por alma das nossas Mães. “

“ Rezemos um Pai Nosso

tornaremos a rezar

pelas Almas que andam em perigo

sobre as ondas do mar .“

 

“ Rezemos um Pai Nosso

e uma Ave Maria á saída do Pretório

Deus livrai as nossas Almas

das penas do Purgatório. “

 

Entoados os versos, o grupo avança para a primeira paragem no cruzeiro, murmurando pelo caminho, orações, não falando com ninguém.

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As pessoas que estão em casa não vão à janela ou porta, mas acompanham interiormente e no lar, a cerimónia que está a percorrer a Vila.

Repetem-se os cânticos e as rezas e o grupo caminha para a outra paragem no cruzeiro seguinte.

Depois do mesmo cerimonial, novo percurso até à Igreja Matriz, seguidamente à Misericórdia, logo a paragem seguinte na Capela de Nossa Senhora do Bonsucesso no Tojal.

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Depois em frente da desaparecida Igreja das Chagas-Ursulinas e finalmente, junto do Cemitério.

 

Créditos:

Fonte: https://www.freguesiadepereira.pt/tradicoes

Fotos: https://www.freguesiadepereira.pt