Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

As coisas de que eu gosto! e as outras...

Bem-vind' ao meu espaço! Sou uma colectora de momentos e saberes.

As coisas de que eu gosto! e as outras...

18.12.21

««Tradições de Natal - A origem da árvore de Natal em Portugal

Miluem

transferir (1).jpeg

Árvore de Natal em crochê da Aldeia de Medelin

 

por Profactiva

 

Foi D. Fernando II, marido da rainha D. Maria II, que, no séc. XIX, introduziu, em Portugal, a tradição da Árvore de Natal e das coroas do advento.

Até meados do século XIX, a tradição do Natal, em Portugal, tinha como centro a figura do Presépio.

Em 1836, a Rainha D. Maria II casou-se com D. Fernando II, o Rei-Artista. D. Fernando, além de se dedicar à pintura e à música, foi mecenas restaurando de vários monumentos, alguns em mau estado, como o Mosteiro da Batalha, o Convento de Mafra, o Convento da Ordem de Cristo, em Tomar, o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa e patrocinou os estudos de vários portugueses em outros países, assim como falava e escrevia muito bem em português, algo difícil para a maioria dos alemães.

Do seu casamento com D. Maria II nasceram onze filhos, dois dos quais foram mais tarde reis, D. Pedro V e D. Luís I. Quatro morreram recém-nascidos e três (entre eles o rei D. Pedro V) morreram jovens, devido à febre tifóide.

D. Maria II morreu no Palácio das Necessidades, a 15 de Novembro de 1853, em consequência de parto.

D. Fernando tinha passado a infância comemorando o Natal segundo a velha tradição germânica de decorar um pinheiro com velas, bolas e frutos. Por isso, quando começaram a nascer os seus filhos com D. Maria II D. Fernando decidiu animar o palácio com um Natal de tradições germânicas.

Segundo registos e gravuras do próprio rei, D. Fernando II, na Noite de Natal, vestia-se de S. Nicolau e distribuía presentes aos seus filhos numa festa genuinamente familiar.

 

Mas a grande divulgação da Árvore de Natal deu-se no século XX, na década de 60, devido à revolução nos meios de informação e comunicação, como a televisão, altura em que, também, a figura do “Pai Natal” começou a “ganhar terreno” ao Menino Jesus – única verdadeira razão pela qual se celebra o Natal, pois Natal significa nascimento; neste caso, é a celebração do nascimento de Jesus Cristo.

 

Créditos:

Fonte:

www.profactiva.wordpress.com/2012/12/17/a-origem-da-arvore-de-natal-em-portugal/amp/

Foto: 

www.viagens.sapo.pt/amp/viajar/noticias-viajar/artigos/aldeia-de-medelim-tem-arvore-de-natal-feita-de-croche

18.12.21

Esposende @ Histórias e Contos portugueses - A esmola do Senhor dos Passos

Miluem

A esmola do Senhor dos Passos

 

Havia um indivíduo que ia sempre, quase dia sim, dia não, tirar as esmolas ao Senhor dos Passos, à igreja. E então o sacristão apercebeu-se que ele que ia lá buscar a nota; as esmolas.

O sacristão, um dia, viu e pôs-se por trás do Senhor dos Passos. O gajo lá ia, tuc-tuc, tuc-tuc, tuc-tuc tirar a nota… Diz sacristão lá debaixo:

- Tira daí a mão!...

O homem pôs-se a olhar para o Senhor dos Passos… Ele ia outra vez tirar o dinheirico… O Senhor dos Passos – era o sacristão:

- Tira daí a mão!...

Ele vira-se para o Senhor dos Passos e diz assim:

- Ó Senhor dos Passos… Tens sido tão bonzinho, hoje estás tão mauzinho…

 

nome: Abílio Cerqueira, ano nascimento: 1941

freguesia: S.Bartolomeu do Mar,  concelho: Esposende, distrito: Braga

data de recolha: Outubro 2010

 

Créditos:

Fonte: https://www.memoriamedia.net/index.php/abilio-cerqueira/75-expressoes-orais/esposende/abilio-cerqueira/856-a-esmola-ao-sr-dos-pacos