Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

As coisas de que eu gosto! e as outras...

Bem-vind' ao meu espaço! Sou uma colectora de momentos e saberes.

As coisas de que eu gosto! e as outras...

20.11.21

° diy • ideias ° Coroa de Natal ou Guirlanda com folhas secas

Miluem

Agora no Outono, muitas árvores despedem-se das suas folhas que pairam até encontrar o chão que fica forrado com tapetes fofinhos e com cores maravilhosas, porque não preservar esta beleza?

 

Como fazer uma Coroa de Natal ou Guirlanda com folhas de árvores?

 

1.º - Preparação das folhas para que não se estraguem.

Este passo não é necessário se não pretender guardar, ou usar a coroa na decoração depois da época de Natal.

 

Fonte: Youtube

 

2.º - Base da Coroa/Guirlanda.

Para marcar a linha de corte no cartão, podem-se usar, por  ex., 2 pratos de tamanhos diferentes ou o molde abaixo.

molde guirlanda.jpgclicar na imagem p/ ver o molde em tamanho maior

Fonte: https://feltrofacilmoldes.blogspot.com/2017/05/passo-passo-guirlanda-em-feltro.html

 

3.ª Montagem da Coroa/Guirlanda

imagem video.jpg

Fonte e video (n.º 1) https://diyeverywhere.com/2017/10/14/10-ideias-para-guirlandas-de-outono-a-preo-de-banana/

 

Nota:

Esta coroa fica muito bonita e económica, as folhas são lindas e de graça, a cola branca e o cartão, se não existirem em casa, são fáceis de arranjar.

A partir desta base simples, a imaginação e o jeito de cada um são o limite.

Mais sugestões muito baratas que também constam dos links das fontes:

- pinhas e caruma, mas atenção que se se forem pinhas de Pinheiro-Manso a época de defeso e proibição de colheita é de 1 de Abril a 1 de Dezembro,

- bolinhas e fio de Natal,

- flores secas ou artificiais,

- gambiarra de Natal,

- laços bonitos.

20.11.21

Campo Maior @ Histórias e Contos - O velho sobreiro

Miluem

O velho sobreiro

 

Passava um dia perto do Rossio

Entre a igreja de São Domingos e a Ginjinha

Quando em meu corpo senti um arrepio

Que mesmo das entranhas da minha alma vinha

 

Foi uma graça de Deus a emoção que senti

Quando de repente o meu olhar pousava

No velho sobreiro ali, mesmo ali

Nesse momento senti que no Alentejo estava

 

Mas ai que para meu espanto Lisboa passa

De canastra à cabeça e chinela no pé

Bandeando a anca que enchia de graça

Benzendo seu rosto num gesto de fé

 

No velho sobreiro pousavam pardais

Trinando cantigas ao som do pregão

A varina corria em direcção ao cais

E o sino da igreja fazia dlão, dlão

 

Dlão, dlão…

 

E eu, camponesa, olhava com espanto

Toda esta visão, todo este bulício

Minha alma poeta se enchia de encanto

E as pessoas passavam sem darem por isso

 

Com vida apressada, perdeu-se o encanto

A vida é vivida em função do dinheiro

As pequenas coisas já não causam espanto

E Lisboa já chora abraçada ao sobreiro

 

Mas Deus, Deus que é amor deu o dom ao poeta

Para ver a vida com outra visão

Com outro sentir, que o faz estar alerta

Para as pequenas coisas que tão belas são.

 

 

Créditos:

nome: Rosa Dias

ano nascimento: 1947

concelho: Campo Maior, distrito: Portalegre

data de recolha: Julho 2012

https://www.memoriamedia.net/index.php/campo-maior/72-expressoes-orais/campo-maior/rosa-dias/2511-o-velho-sobreiro