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As coisas de que eu gosto! e as outras...

Bem-vind' ao meu espaço! Sou uma colectora de momentos e saberes.

As coisas de que eu gosto! e as outras...

27.06.21

Bolo de Ançã, Cantanhede - Confraria, História e Receita

Miluem

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Confraria do Bolo de Ançã

https://m.facebook.com/ConfrariaDoBoloDeAnca/

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Fundada a 24 de novembro de 2005, a Confraria do Bolo de Ançã tem por missão a defesa e promoção de uma tradição secular que, se reflete ainda, no quotidiano desta vila histórica: o Bolo de Ançã, um bolo artesanal, doce, confecionado em forno de lenha.

 

A confraria gastronómica tem ainda o papel de valorizar o caráter genuíno desta especialidade regional, servindo também para preservar o uso das técnicas tradicionais na confeção das suas três versões: o Bolo Fino, o Bolo de Cornos e o Bolo de Ovos.

 

https://www.cm-cantanhede.pt/mcsite/entidade/3143/

 

 

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Bolo de Ançã

Descrição, História e Receita

 

Descrição: Bolo doce, de textura leve e macia, feito à base de farinha, açúcar, ovos e manteiga. Apresenta um aspecto característico com pequenas “cristas” douradas na parte superior do bolo.

 

Características particulares: O Bolo de Ançã enquadra-se na família dos folares doces, com forte tradição na época de Páscoa. É pouco doce e apresenta alguma durabilidade.

 

Região: Centro

 

Ingredientes utilizados: (receitas com quantidades no fim deste artigo)

Farinha, açúcar, ovos, manteiga e fermento de padeiro.

 

Modo de preparação:

Junta-se à farinha, aos poucos, o fermento previamente desfeito em água, deixando descansar durante 10 minutos.

Misturam-se depois parte dos ovos e do açúcar e adicionam-se à massa de farinha, trabalhando-a até incorporar bem os ingredientes.

Adicionam-se depois os ovos e o açúcar restantes, adicionando um ovo da cada vez.

Junta-se a manteiga, trabalhando bem até obter uma massa lisa, elástica e homogénea.

Deixa-se a levedar num local ameno.

Quando a massa dobrar de volume, modelam-se os bolos e colocam-se em tabuleiros de forno; deixam-se crescer de novo, pincelam-se com gema de ovo batida e vão a cozer em forno a lenha, até ficarem bem dourados.

 

Saber fazer:

O Bolo de Ançã tem como base um processo artesanal de fabrico, sendo amassado manualmente e cozido em forno a lenha.

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Foto: Pintrest

Em Ançã são também fabricados os bolos de cornos, em forma de "S" e com sabor a canela, e os bolos finos, mais ricos e com mais ovos, geralmente dados como folar na Páscoa.

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Foto: https://ideviajarmulher.com/isto-e-a-vila-de-anca-para-la-da-pedra-e-dos-bolos/

 

Formas de comercialização: São comercializados sobretudo na vila de Ançã, onde as boleiras os vendem em açafates, ou em feiras e mercados da região.

Disponibilidade do produto ao longo do ano: Durante todo o ano.

 

Historial do produto:

A origem do bolo de Ançã perde-se no tempo, tendo o segredo do seu fabrico sido transmitido de pais para filhos.

O bolo é de confeção simples, com ingredientes vulgares, mas de reconhecida qualidade, e tem como base um processo artesanal de fabrico.

Este processo, mantido durante gerações de boleiras, tornou-o num produto típico dessa Vila, conhecido e apreciado sobretudo na Beira Litoral.

Há muito que os viajantes e os turistas os compram às boleiras, que com os seus açafates recheados de bolos dourados se tornaram uma imagem típica da Vila, sendo também presença habitual em mercados e feiras.

Este bolo recolhia admiradores também de Lisboa, “que no regresso à Capital levam os carros carregados da explêndida lambarice”, conforme testemunho de Jaime Cortesão, no ano de 1933.

 

Representatividade na alimentação local: Muito popular nas feiras e ruas dos concelhos de Cantanhede, Coimbra e Figueira da Foz.

 

Fonte: DGADR, com base em elementos recolhidos no sítio da Internet do Munícipio de Cantanhede.

https://tradicional.dgadr.gov.pt/pt/cat/doces-e-produtos-de-pastelaria/998-bolo-de-anca 

 

2 Receitas:

 

300 g de farinha nº 55
140 g de açúcar
65 g de margarina derretida
5 ovos + 1clara
1 colher (sobremesa) de raspa de casca de limão
10 g de fermento de padeiro
Azeite para pincelar

 

Misture a farinha, o açúcar, a margarina, 4 ovos, o fermento e a raspa de limão e amasse bem.
Depois estenda a massa em forma de rectângulo, pincele-a com azeite e dobre-a pelo meio.
Numa tigela, misture o restante ovo com a clara, pincele a massa por cima e leve ao forno a lenha bem quente até ficar cozido e dourado.

 

Ou

 

1 kg de farinha de trigo peneirada
12 ovos
200 g de margarina
250 ml de água morna
375 g de açúcar
50 g de fermento de padeiro

 

Desfaça o fermento num pouco de água morna.
Faça um monte com a farinha e junte, aos poucos, a água com o fermento, deixando descansar durante 10 minutos.
Misture 6 ovos com metade do açúcar e vá adicionando à massa de farinha, trabalhando-a até incorporar bem os ingredientes.
Junte depois os ovos e o açúcar restantes, adicionando um ovo da cada vez, com um pouco do açúcar.
Derreta a margarina e junte-a ao preparado, trabalhando bem até obter uma massa lisa, elástica e homogénea.
Coloque a massa num recipiente grande e coberto e deixe levedar em um local ameno (por exemplo, o forno do fogão desligado).
Quando a massa dobrar de volume, modele os bolos e coloque-os nos forno em tabuleiros untados (no caso de não ter forno a lenha).
Deixe crescer novamente e coza os bolos em forno quente, pré-aquecido,  até ficarem bem douradinhos.

 

https://www.receitasemenus.net/bolo-de-anca/

27.06.21

Miranda do Douro @ Lendas de Portugal - Lenda de Nossa Senhora do Naso

Miluem

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Lenda do Naso

 

A Capela de Nossa Senhora do Nazo é um polo de atração principalmente em dia de romaria.

Embora à volta desta capela se tenham, recentemente construído algumas outras capelas, reza a lenda que ela foi edificada por um casal mirandês.

Estando o homem pastoreando o seu rebanho, apareceu-lhe uma Senhora que pediu para lhe construir naquele local uma capela, indicando-lhe, nessa mesma noite, na Serra do Nazo, por meio de uma procissão com luzes, o local exato onde a capela deveria ser erigida.

O homem recusou-se, temendo a mulher, mas Nossa Senhora insistiu no pedido.

Muito a medo, o homem fez saber à mulher do desejo da Senhora.

Mas a mirandesa não esteve pelos ajustes e começou a refilar: nesse momento ficou tolheita, diz-se que por castigo de Nossa Senhora.

Quando se viu aleijada, a mulher prometeu que faria a capela e, no mesmo momento, voltou ao seu estado normal, pelo que imediatamente se iniciaram as obras.

Consta ainda que, ao serem colocadas as pedras no carro, os bois o “tangiam” sozinhos, sem mostrarem o esforço pelo peso da carrada e sem precisarem de boieiro, regressando a casa dos donos para novo carregamento de pedra.

Assim se construiu a capela desejada…

 

Fonte: https://mirandadodouro.com.pt