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As coisas de que eu gosto! e as outras...

Bem-vind' ao meu espaço! Sou uma colectora de momentos e saberes.

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03.02.21

Beja @ Lendas de Portugal O lobisomem

Miluem

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Foto: https://tek.sapo.pt/extras/site-do-dia/artigos/arme-se-em-turista-e-faca-uma-visita-virtual-a-beja-em-360-graus

 

 

O lobisomem

 

Segundo a tradição, colhida em vários relatos, queimar as roupas do lobisomem, que este despe quando vai fazer as suas correrias durante a noite, parece ser o meio mais comum de livrar uma pessoa do seu triste destino.

 

Esta acção pruficadora / salvadora tem porém, os seus riscos, pois desencadeia poderosas forças maléficas, tornando o lobisomem violento.

 

Enquanto as roupas ardem, é vulgar ouvirem-se gritos e violentas pancadas são aplicadas nas portas das casas onde se faz a fogueira.

 

É o momento purificador para o lobisomem e o de maior tensão para o salvador.

 

Com o fim do fogo, terminado o feitiço, o homem salvo aparece tranquilo, nú e inocente. Ficou Livre.

 

Este mito passou-se em Beja há muitos anos.

 

Um rapaz, que era lobisomem, saía de casa por volta da meia noite, para se ir encontrar com outros lobisomens e com bruxas numa encruzilhada.

 

Daí saíram juntos e iam para o campo onde se despiam e dançavam em roda.

 

Uma noite, quando ele se transformava, uma pessoa da sua família viu-o e apoderou-se das roupas para as queimar.

 

Se o conseguisse fazer, poderia acabar coma sina do lobisomem ao seu familiar.

 

O desvio da roupa foi feito com cuidado pois, se o lobisomem o tivesse presenciado, poderia correr atrás da pessoa e matá-la.

 

O familiar do lobisomem levou as roupas para um casão, para aí as queimar, tendo tido o cuidado de fechar bem o portão do casão, onde fez uma fogueira.

 

Logo que começou a queimar as roupas, começaram a ouvir-se grande sgrunhidos e fortes pancadas no portão.

 

Embora com medo, pois as pancadas no portão eram cada vez mais fortes, o familiar do lobisomem continuou a queimar as roupas.

 

Com receio, ficou no casão até de manhã. Ao amanhecer, abriu o portão. Lá estava o rapaz estendido, nú, como uma pessoa inocente. O fadário de lobisomem estava quebrado.

 

http://www1.ci.uc.pt/iej/alunos/2001/lendas/Lendas%20de%20Beja.htm