Magnólia
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Pelourinho de Abreiro
Lenda de Abreiro
No termo de Abreiro há um local com vestígios de civilização neolítica, a que chamam de Arcã.
Na povoação está um elegante Cruzeiro com o brasão de armas de Diogo de Mendonça Corte Real, ministro de D. João V, que foi quem mandou fazer a ponte de Abreiro sobre o Tua, formada por dois arcos, um de grandes proporções.
Então diz a lenda local que a ponte, a arcã e o cruzeiro foram construídas de noite pelo diabo, que prometeu também fazer uma estrada da ponte à povoação a troco da alma que uma moça lhe entregaria para mais comodamente passar o rio, a fim de ir buscar água a uma fonte na margem esquerda.
Conforme o acordo dizia, o diabo dava a ponte concluída numa só noite e antes de cantar o galo.
Quanto mais intensamente trabalhava uma legião de demónios, carregando, aparelhando e assentando pedras, o galo canta.
- Que galo é?
perguntou o rei das trevas infernais.
- Galo branco
responderam-lhe.
Ande o canto ordenou ele.
Em breve novo cantar do galo se ouviu.
- Que galo é?
perguntou de novo.
- Galo preto.
-Pico quedo
vociferou ele.
Faltava apenas uma pedra para assentar nas guardas da ponte e assim ficou, pois que, por mais vezes que os homens a tenham colocado no lugar, aparece derrubada pelo diabo no rio na noite seguinte.
Era e não era
Andava lavrando,
Chegou uma notícia
Que seu pai era D. Fernando.
Sentado de pé,
num banco de pau,
feito de pedra
Um jovem ancião
Bondoso e mau
A ler um jornal sem letras,
À luz de uma vela apagada,
Calado apregoava:
"A terra é uma bola quadrada"
E o pobre do Fernando,
lesto como o caracol,
sobe parede abaixo,
no seu jeito mole.
Bateu-lhe desafortunada a fortuna
e bem-afortunado o azar,
Antes do nascimento,
Sempre depois e nunca mais
Tinha o pai pra nascer
E a mãe pra morrer.
Que havia o moço de fazer?
Deitou os bois ás costas,
Pôs o arado a correr.
Quis saltar o valado,
Saltou um arado.
Se não era cão
Mordia-lhe um cajado.
Entrou numa horta,
Viu um pessegueiro
Carregado de maçãs,
Avelãs e fruta madura.
Veio de lá o dono dos pepinos:
- Ó ladrão dos meus marmelos!
Quem te mandou a ti andar a roubar as cerejas
Que tinha guardado
Prós meus meninos?
Agarrou num melão,
Atirou-lhe com um pepino
Acertou-lhe num artelho,
Fez-lhe sangue num joelho.
http://diasquevoam.blogspot.com/2006/06/cega-rega-era-e-no-era-andava-lavrando.html?m=1
Quem diremos nós que viva
Na folhinha do loreiro?
Viva lá o Sr. António
Que é um homem cavalheiro.
Viva lá a Sra. Maria,
Raminho de salsa crua.
Quando vai para a igreja,
Alumia toda a rua.
Viva lá o Sr. Alberto
Com o seu raminho no chapéu.
Quando vai para a igreja
Parece um anjo do Céu.
Senhora que está lá dentro,
Sentada no esteirão,
Bote os olhos ao fumeiro
Dê-nos cá um salpicão.
Senhora que está lá dentro,
Sentada na cortiça,
Deite os olhos ao fumeiro,
Dê-nos cá uma chouriça.
Senhora que está lá dentro,
Sentada na janela,
Deite os olhos ao fumeiro
Dê-nos cá uma morcela.
RECOLHA (1985) de António Alberto Cascais, Larinho – Moncorvo.
Fonte: Cancioneiro Transmontano 2005
Edição: Santa Casa da Misericórdia de Bragança
Foto: http://celago.blogspot.com/2011/01/quadras-de-reis.html
De manhã estava gelada e branca, parecia que a vida a tinha deixado.
Mas o sol da hora de almoço que a banhou, trouxe de volta o amarelo vibrante e resplandencente.
O tio Zé
Da pipa rata
Tem piolhos na gravata
Quantos tira?
Quantos mata?
Fonte: http://m.arquivo-digital.webnode.pt/news/cantinelas/
Foto: https://br.freepik.com
Aqui vimos, aqui vimos
Aqui vimos bem sabeis
Vimos dar as boas festas
E também cantar os Reis.
Nós somos as criancinhas
Que pedimos a cantar
Pedimos as Janeirinhas
E bênção p'ra este lar.
Levante-se daí senhora
Desse banco de cortiça
Venha nos dar as Janeiras
Ou morcela ou chouriça.
Levante-se daí senhora
Desse banquinho de prata
Venha nos dar as Janeiras
Que está um frio que mata.
As Janeiras são cantadas
Do Natal até aos Reis
Olhai lá por vossa casa
Se há coisa que nos deis.
Boas festas, boas festas
Está a alba a arruçar
Venha-nos dar as Janeiras
Que temos muito para andar.
Obrigado minha senhora
Pela sua Janeirinha
P' ro ano cá estaremos
Nós e mais as criancinhas.
Quem diremos nós que viva
Na folhinha da giesta
Já lhe cantámos as Janeiras
Acabou a nossa festa.
Recolha por alunos da Escola EB1 e Jardim de Infância
de Ínfias, Fornos de Algodres
Fonte: www.pombadapaz.org
Foto: https://www.cm-fornosdealgodres.pt/freguesias/infias/
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.