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Retrato imaginado da Rainha D. Leonor, por José Malhoa
A “Perfeita” Rainha Dona Leonor
A história das Caldas da Rainha começa aqui…
A mais importante figura da nossa cidade é, nada mais, nada menos, a Rainha D. Leonor (1458- 1525), nossa fundadora e responsável pela edificação do Hospital Termal, à volta e em função do qual se desenvolveu àquela que é hoje a nossa cidade, e cujo nome para D. Leonor remete.
Apresentando-vos a nossa patrona, D. Leonor nasceu em Beja em 1458 e antes de se tornar Rainha por casamento (1481) com o futuro Rei D. João II… seu primo (sim, leram bem, eram mesmo primos direitos!), diziamos nós que D. Leonor antes do matrimónio com o Príncipe Perfeito era já uma princesa da Casa de Avis, visto ser bisneta do Rei D. João I (1385-1433), o Mestre de Avis, sendo também neta do primeiro Duque de Bragança, D. Afonso, que por sua vez era casado com D. Beatriz Pereira, filha de D. Nuno Alvares Pereira, Condestável do Reino e braço direito de D. João I, entre outros, na Batalha de Aljubarrota … nós também ficamos confusos, mas a política de casamentos entre parentes assim obrigava!
Rainha Dona Leonor a Fundadora
Para confundir ainda um pouco mais, podemos também dizer que a nossa D. Leonor foi apenas a terceira e última rainha consorte (através de casamento com o herdeiro do trono) nascida em Portugal e que foi ainda o primeiro representante da realeza nacional a pertencer à Casa Bragança, que viria a representar Portugal enquanto Casa Real após a Restauração da Independência em 1640.
Só para alimentar mais um pouco toda esta confusão, com a morte de D. João II em 1495, e sem que este e D. Leonor tivessem deixado um herdeiro ao trono, tiveram de facto um filho que morreu ainda jovem num acidente de cavalo, quem subiu ao trono foi o irmão … de D. Leonor … e primo de D. João II, o Rei D. Manuel I (1495-1527), que viria também a ter um papel importante na história da nossa terra.
Apresentada a nossa digníssima fundadora e ultrapassadas as suas complexas ligações genealógicas é importante percebermos porque razão existe esta ligação de D. Leonor a Caldas da Rainha e de que forma ela se foi definindo.
Pois muito bem, diz a lenda que em dia de celebrações fúnebres em honra a D. Afonso V, pai de D. João II … e tio e sogro de D. Leonor, a ter lugar no Mosteiro da Batalha, no caminho de Óbidos para a Batalha, a Rainha se cruzou com um grupo de pessoas que se banhavam numas poças perto da estrada e que ao solicitar que se questiona-se do que se tratava lhe terá sido dito que as águas ajudavam as ditas pessoas a sentirem-se melhores das suas dificuldade físicas ou de saúde.
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