São caracóis, são caracololitos ...
Fotos e fado
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Foto: https://chaves.blogs.sapo.pt
Esta é uma lenda da origem do nome da cidade de Chaves
– uma lenda em que o amor supera todas as faltas.
Lenda das duas chaves
No tempo em que reinava o imperador Tito Flávio Vespasiano, as legiões romanas chegaram triunfantes à Ibéria, atravessando as regiões da Galiza e de Trás-os- Montes. Porque a terra era boa, fixaram-se nesta última província, começando a construir estradas e pontes.
Ora, tendo os romanos uma autêntica devoção pela água, grande foi a sua alegria quando descobriram “águas quentes jorrando da terra”.
Termas, Chaves, anos 30 - https://chavesantiga.blogs.sapo.pt/95292.html
Construíram logo aquedutos e um grande tanque onde se iam banhar, conseguindo curas fantásticas por intermédio dessas águas medicinais.
Tal foi a sua fama, que chamaram à cidade ali construída “ Aquae Flaviae” ( nome que os romanos deram à vila de águas que produziam curas maravilhosas, aludindo à proficiência das suas águas e à família dos Flávios).
Tão progressiva se tornou, que o próprio imperador Tito Vespasiano, colocou ai como procurador, um seu primo, o jovem Décio Flávio, então comandante da Legião Sétima.
Certo dia, o cônsul Cornelio Máximo, recebeu em Roma uma mensagem do jovem Décio Flávio, e achou por bem consultar sua filha Lúcia.
O cônsul apresentou a sua filha uma caixa forrada de seda e contendo duas chaves de ouro, que simbolizavam saúde e amor.
Décio, na sua mensagem oferece um lugar em Aquae Flaviae, para que Lúcia tenha possibilidade de tomar os banhos nessas águas extraordinárias e encontre a cura para os seus males (pois estava cheia de feridas na cara e mãos). Alguns meses passaram, obtida a necessária licença do Imperador Vespesiano.
Cornélio Maximo seguiu com sua filha para a então famosa Aquae Flaviae, uma das mais florescentes cidades do Império, na Península.
Duas semanas depois de chegarem e de tratamento já se notavam melhoras em Lúcia.
Agradeceu a Décio Flávio aquela caixa tão bonita forrada de seda que continha as duas chaves de ouro.
— Ver-te e ouvir-te é o que mais ambiciono na vida. O teu amor por mim é parte da minha cura! E, já agora, deixa que te comunique quão feliz me tornou aquela caixa tão bonita, forrada de seda e contendo duas chaves em ouro: duas chaves simbólicas que dizem bem do teu carácter e da sorte que tive em ter-te agradado!
O jovem romano acariciou mais uma vez os cabelos da sua bem-amada e pediu:
— Lúcia, guarda essas duas chaves por toda a nossa vida!
Lúcia concordou:
— Assim farei! E se possível for… que elas fiquem por toda a eternidade contando à gente vindoura o que pode um verdadeiro amor!
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