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As coisas de que eu gosto! e as outras...

Bem-vind' ao meu espaço! Sou uma colectora de momentos e saberes.

As coisas de que eu gosto! e as outras...

28.03.20

Está tudo doido, ou só só eu?

Ó Sr. Guarda está um dia tão bom, vou passear à praia...

Miluem

Acabo de passar por um noticiário na tv, e vi uma reportagem de uma fila de trânsito no acesso à Ponte 25 de Abril.

 

Alguns regressam do trabalho, ou de assistência à família por isso estão a circular justificadamente.

 

Outros levam o carro cheio de gente para irem passear para a praia...

 

No Porto, a Polícia anda desde manhã a avisar as pessoas, através de drones, carros e motos e mesmo assim as pessoas não ouvem.

 

Deve haver outros locais onde de se está a passar o mesmo, eu é que só vi estes dois.

 

O vírus deve atacar também o cérebro...

 

Desculpem mais um desabafo, mas há atitudes irresponsáveis que me deixam furiosa!

28.03.20

Agradeço que seja responsável!

Miluem

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Como já deve ter ouvido nas notícias,  hoje as Autoridades iniciam uma nova fase de avaliação do comportamento dos cidadãos face às medidas distanciamento e isolamento decretadas.

 

Esta avaliação vai determinar a tomada de medidas de restrição mais duras, ou não.

 

Nem todos podemos ficar em casa!

 

Muitos de nós trabalham em serviços que não são exequíveis a partir de casa.

 

Agradeço que se lembre disso antes de sair para ir passear em bando para qualquer lado ou de férias de Páscoa.

 

Até agora as Autoridades têm feito controlos de circulação aleatórios e de sensibilização.

 

Gostaria que assim continuasse.

 

Que não começasse a ter que parar numa barreira policial para mostrar documentos que me permitam ir trabalhar como já acontece noutros países.

 

Pronto, já desabafei!

 

28.03.20

Leiria @ Lendas de Portugal - Ana de Bragança

Miluem

 

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Imagem: https://www.visiteleiria.pt

 

Ana de Bragança


Era uma vez... já lá vão muitos lustros, um Senhor Infante, homem bem apessoado e insinuante, fez pousada em Leiria.

 

Vivia, então, na cidade, uma senhora que aparentava uns trinta anos, muito linda e elegante, chamada Ana Ricardina, natural da Praça de Almeida, lá para as bandas da raia, de ascendência espanhola, segundo uns, de raiz portuguesa, segundo outros.

 

O Senhor Infante viu a linda Ricardina e logo se apaixonou. Amaram-se muito e muito ternamente. E, passados tempos, a Ricardina começou a perder a elegância e a mostrar os sinais da maternidade.

 

Ia nascer um menino, o seu unigénito.

 

Mas o Senhor Infante já feito Rei abalou ... e abalou para longe.

 

E o menino nasceu, mas o pai jamais o viu.

 

Ele tinha olhado para baixo; ela tinha olhado demasiado para o alto.

 

Compreensivo e bom pai, não os abandonou.

 

E a mãe e o filho passaram a viver de uma pensão que um capitão lhe mandava entregar em nome do Senhor Rei.

 

Mas um dia o capitão morreu e a pensão ... morreu também.

 

A Ricardina que já era conhecida por Ana de Bragança começou a sentir dificuldades económicas, por falta da pensão. Mas ela era mulher forte e decidida, com sua grande vontade de viver, e, no desejo de amparar o seu menino, fez-se curandeira. Passou a curar a espinhela caída como então se chamava, popularmente, ao estado de fraqueza geral.

 

E assim foi vivendo de saudade do Senhor Rei, até que Deus a chamou a si, aos setenta e dois anos de idade, já lá vão muitos lustros, deixando o seu menino, já feito homem e com geração.

 

(in Anais do Município de Leiria, João Cabral)