desafio de escrita dos pássaros #9 - Ilhota
Acordo depois de um belo sono profundo com raios de sol a baterem-me no rosto.
Que delícia, um amanhecer de sol depois de tantos dias de chuva.
Relutantemente e com preguiça abro os olhos, e vejo ... uma gaivota ??!!
"P. que pariu"! ... fecho os olhos. De certeza é um daqueles sonhos em que sabemos que estamos a sonhar.
Mas não é que volto a abrir os olhos e lá estão elas? Elas???
"Misericórdia" ... Fui abandonada de vez pelo Tico e pelo Teco...
Agora são 2 gaivotas e um coqueiro? E eu estou como vim ao mundo?
"Abrenúncia" que isto é de quem não "joga com o baralho todo", quem é que acorda nú numa ilha pouco maior que uma rotunda no meio do nada?
Problemas, só problemas!
Não faço a mínima ideia de como tal pode ter acontecido, por isso deixa cá formular algumas hipóteses, a ver se alguma "tem ponta por onde se lhe pegue":
- No Purgatório pedi o Livro de Reclamações por causa do filho da P. do Hitler.
Exigi voltar à minha vida, "na maré" introduziram mal as coordenadas no GPS e em vez de ter ido para casa vim parar à ilha,
- Fui raptada por extraterrestres que estão a estudar humanos estranhos. Como sabem que na Terra é habitual deitar o lixo para qualquer lado fizeram o mesmo, "na volta" e eu aterrei na ilha,
- Sou uma anginha papuda que durante a noite teve insónias e deu voltas a mais na núvem e "esborrachou-se" cá em baixo,
- Sou uma Sereia, uma tempestade rompeu as algas que me seguravam e deixou-me à beira-mar, estava a "dormir como uma justa" e não dei por nada.
Já estou há muito tempo fora de água, a minha linda barbatana já se transformou num par de pernas peludas.
Humm...
- Até já, o mar está tão sereno, vou aproveitar...