http://pinhaldorei.net/lugares-recantos/felicia/ "Antigo fontanário posto a descoberto após a limpeza efetuada pelo fogo de 2017"
Lenda da fonte da felícia
Numa das suas visitas ao pinhal, chegando ao cima da alta duna, D. Dinis desmontou do cavalo para desentorpecer as pernas.
Olhou a paisagem à sua volta. A mata estava ali. Era pouca, mas muito mais haveria de semear. O Pinhal nascia. Verdejava. Crescia. Muitos barcos haveria de dar para embelezar aquelas águas e florir o sonho que o perseguia para lá das Canárias…
O sol começara a descer, de repente, lembrou-se que deixara a sua Isabel e o Infante no cansaço da espera.
Levantou-se dum pulo. Montou o cavalo e partiu a galope, galgando montes e barrancos, subindo e descendo morros. Chegou ao local, desmontou dum salto e dirigiu-se à Rainha.
A Rainha sorriu e perdoou. Ela amava demasiado o seu rei, para lhe pesar as faltas.
O Rei pegou nas mãos do infante e contou-lhe a magia do pinhal e do mar.
A certa altura, o infante pediu água para saciar a sede e D. Isabel ordenou que uma das aias lhe fosse buscar água.
A aia dirigiu-se a um fio de água cristalina que rompia da encosta fresca, de entre mimosa vegetação, e que escorrendo, engrossando, cantava suavemente, até se dispersar no rio, dezenas de metros à frente.
Trouxeram a água ao Príncipe. Este, encantado com a sua leveza e frescura perguntou:
- Que fonte é esta, Senhora mãe?
- Esta fonte…esta fonte, meu Príncipe? Parou um instante, como se procurasse na memória, e depois de ter encontrado um nome adequado ao fiozinho fresco e cristalino, sorriu e respondeu: - É a fonte da Felícia, meu príncipe!
Fonte da Felícia, um nome posto em homenagem ao doce momento que estava a passar junto de El-Rei e do Príncipe Afonso.
Fonte da FELICIDADE…
Tradição oral