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As coisas de que eu gosto! e as outras...

Bem-vind' ao meu espaço! Sou uma colectora de momentos e saberes.

As coisas de que eu gosto! e as outras...

12.09.19

Miosótis e o Genocídio Arménio

Miluem

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Qual a probabilidade de nos cruzarmos na rua com uma desconhecida e terminarmos o dia a tomar um Café com ela?

 

Aconteceu isso com a "N" há algum tempo atrás.

 

A "N" é arménia, foi ela quem me deu o alfinete da foto e me explicou o seu significado.


Quando se fala em genocídio, as pessoas associam de imediato ao extermínio de milhões de pessoas durante a 2a Grande Guerra Mundial.

 

Mas esse não foi o único do século XX, antes existiu o genocídio Otomano contra o povo arménio na época da 1a Grande Guerra Mundial onde terão sido executados cerca de 1 milhão de pessoas e deportadas outras tantas.

 

O governo Turco que sucedeu ao governo Otomano continua a não reconhecer o que aconteceu como genocídio.

 

Fonte: http://estacaoarmenia.com.br

 

12.09.19

Melgaço @ Lendas de Portugal - Melgaço

Miluem

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Foto: http://www.cm-melgaco.pt/visitar/o-que-fazer/pontos-de-interesse/#mainContentOfPageID

 

Melgaço

 

D. João I, em pessoa, pôz cêrco a Melgaço. Havia dez dias, que o assedio durava, sem outra consequencia mais, do que escaramuças, que nada decidiam.

       […]

Dentro da praça havia uma mulher muito valente, parcial dos castelhanos, que renegára a sua patria, pois era d’aqui mesmo natural.

Sabendo ella que no arraial dos portuguezes estava uma sua conterranea, ousada e valorosa como ella, a mandou desafiar a um combate singular.

Ignez Negra (a desafiada) acceitou o repto, e se dirigiu logo para o ponto designado, que era a meia distancia do arraial e da villa.

Já lá estava a arrenegada, (como então se dizia) e o combate começou encarniçado, terrivel e desesperado, como duas viragos, ferindo-se com as mãos, unhas e dentes, depois de partidas as armas de que vieram munidas.

Antiqua arma, manus, ungues, dentesque feruntur.

A aggressora ficou debaixo, e teve de retirar para a vilia, corrida, ferida, e quasi sem cabello «levando nos focinhos muitas nodoas das punhadas da de fóra» que ficou victoriosa.

Os portuguezes fizeram grande algazarra aos castelhanos.

No dia seguinte era a praça dos portuguezes, e Ignez Negra, cercada de bésteiros, estava no alto da platafórma, onde o pendão das Quinas ondeava ovante, no mastro em que na vespera se ostentava orgulhosa a bandeira dos leões e torres de Castella, e dizia no seu transporte de alegria – «Mas vencemos-te! Tornaste ao nosso poder. És do rei de Portugal!»

 

Fonte Biblio: PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de Portugal Antigo e Moderno Lisboa, Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873] , p.Tomo V, pp. 169-170 - Place of collection: MELGAÇO, VIANA DO CASTELO

CEAO Centro de Estudos Ataíde Oliveira

 

12.09.19

Contos e Lendas da Europa - Um conto polaco - O Dragão de Wawel

Miluem

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Foto: wikipedia.org

 

O Dragão de Wawel

 

Há muito, muito tempo em Cracóvia reinava o sábio rei Krak.

O povo vivia em paz e com abundância até que na caverna ao pé de Wawel apareceu um dragão.

A besta pavorosa de sete cabeças todos os dias raptava ovelhas e cabras, não menosprezando também as aves domésticas.

Não passou muito tempo até que no burgo não houvesse nenhum animal, mas o dragão continuava a exigir mais comida.

"Temos de sacrificar as pessoas?" – perguntavam todos com medo.

O rei ordenou que se anunciasse, que quem vencer a besta receberá a metade do reino. De todos os lados vinham os audazes aferrolhados em armaduras, em cima dos magníficos cavalos.

Mas bastava que o dragão bufasse chamas de uma das suas cabeças e era mais um cavaleiro que desaparecia em fedorentas chamas, as quais ninguém conseguia apagar.

Estas lutas mortais foram seguidas por um sapateiro que no fim dirigiu-se ao rei:

- Não sou nenhum cavaleiro, mas sou um homem simples e vou vencer o dragão – disse, quando finalmente foi admitido diante do soberano.

- Tu? Um simples sapateiro? – estranhou o rei Krak – Já morreram muitos excelentes guerreiros, mas se quiseres enfrentar o monstro, dou-te a minha permissão.

Ninguém acreditava que o sapateiro pudesse sobreviver. Os seus vizinhos e amigos aconselharam-no a desistir dessa ideia.

No dia seguinte, o sapateiro foi à aldeia vizinha, onde comprou um borrego. Depois abriu-lhe a barriga, encheu-a com enxofre e alcatrão, e no fim coseu-a perfeitamente com linhol.

De madrugada, deixou a "gulodice" que tinha preparado à entrada da caverna.

O apetitoso cheiro do borrego acordou o dragão, que, com apenas uma dentada, engoliu o animal inteiro.

Mas o que é que é isto? O dragão sentiu uma dor horrível – o enxofre e o alcatrão comecaram a queimá-lo por dentro. Inclinou-se, então, em frente do rio e começou a beber. Bebeu, bebeu, bebeu, até que a sua barriga se encheu como um balão, e explodiu com um grande estrondo.

A multidão, feliz, levou o sapateiro – salvador em ombros para junto do rei. O rei Krak recompensou-o generosamente, mas o sapateiro não abandonou a sua profissão. Durante muitos mais anos fabricou sapatos indestrutíveis, feitos de couro do Dragão.

 

Conto gentilmente cedido pela Embaixada da Polónia em Portugal

http://www.eurocid.pt