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As coisas de que eu gosto! e as outras...

Bem-vind' ao meu espaço! Sou uma colectora de momentos e saberes.

As coisas de que eu gosto! e as outras...

03.08.19

Almourol @ Lendas de Portugal - Lenda de D. Beatriz e o Moiro

Miluem

Foto Wikipédia

 

Lenda de D. Beatriz e o Moiro

 -----> Lenda Narrada

 

Aí pelos séculos IX ou X, era dono do castelo um senhor Godo chamado D. Ramiro, casado e tendo uma filha única de nome Beatriz.

Valoroso soldado era, todavia, rude, orgulhoso e cruel como a maioria dos senhores de sangue gótico. Ao regressar de uma das suas sortidas de guerra e orgulhoso dos seus feitos que em grande parte se cifravam em inúmeras atrocidades encontrou já próximo do Castelo duas moiras, mãe e filha, que embora infiéis reconheceu serem lindas como sua esposa e filha, que deixara em seu solar.

Fatigado da viagem e sedento, D. Ramiro interpelou as moiras para que cedessem a água que a mais jovem transportava na bilha.

Assustada pela figura e tom de voz do feroz cavaleiro, a pequena moira deixou que a bilha se lhe escapasse das mãos e quebrando-se, perdeu o precioso líquido que D. Ramiro tanto desejava.

Encolorizado e cego de raiva, este de pronto enristou a lança e feriu as duas desgraçadas que antes de morrerem, o amaldiçoaram. E porque surgisse entretanto um pequeno moiro de 11 anos, filho e irmão das assassinadas o tornou cativo e trá-lo para o Castelo. Chegado que foi a Almourol o moço viu a mulher e a filha de D. Ramiro e jurou fazer nela a sua vingança.

Passaram anos. A castelã adoece e pouco a pouco se foi definhando até morrer, em resultado do veneno que lhe vinha ministrado o cativo agareno.

O desgosto de evento leva D. Ramiro a procurar na luta contra os infiéis, refrigério para a sua desdita e parte confiando a guarda da sua filha ao jovem mouro, que fizera seu pagem, dada a docilidade e cortesia que o mesmo sempre astuciosamente revelara. Aconteceu, porém, que os dois jovens ignorando as diferenças de condições e de crenças, em breve se enamoraram, paixão contra a qual o mancebo lutou desesperadamente mas em vão, dado que tal amor lhe impedia de consumar a sua vingança.

Mas não há bem que sempre dure e o enlevo e a felicidade dos dois jovens são desfeitos pelo regresso de D. Ramiro que se fazia acompanhar por outro castelão, a quem prometera a mão de sua filha.

O moiro, então alucinado e perdido, contou tudo a Beatriz as crueldades do pai, as promessas de vingança o envenenamento da mãe e a luta que travara entre o amor e o juramento que fizera.

Não se sabe o que se seguiu a esta confissão. Diz entretanto a lenda, que Beatriz e o moiro desapareceram sem que mais houvesse notícias deles. E D. Ramiro, cheio de remorsos e de desgosto morreu, pouco depois, ficando abandonado o Castelo, Conta a lenda que em certas noites de luar se vê o moiro abraçado a D. Beatriz e d: Ramiro a seus pés, a implorar clemência sempre que o moiro solta a palavra “maldição”.

Deste modo o viajante que por ali deambule, não deverá se surpreender se, em certas noites de luar, vir passar por entre as ameias as vestes brancas dos templários com a cruz de sangue sobre o peito de D. Beatriz e o moiro unidos por um abraço eterno. Talvez consiga ouvir mesmo, por entre o rumorejar das águas, os soluços de D. Ramiro.

 

Fonte: http://www.cm-vnbarquinha.pt/index.php/pt/visitar-2/castelo-de-almourol#lendas

02.08.19

Obrigada por visitarem o meu cantinho

Miluem

Como já comentei algures, deixei de me identificar com os “ideais” se é que tal coisa existe, das redes sociais.

 

Gostar de aprender, faz de parte de quem sou, sou uma eterna curiosa.

 

Quando pensei num sítio para “minhas coisas” só podia ser um blog Sapo.

 

Agradeço a toda a comunidade Blogues Sapo, por me ter recebido de forma tão carinhosa.

 

A mim, Miluem, uma desconhecida, caída de para-quedas no mundo dos blogues.

 

A quem acompanha o meu blog, muito obrigada pelo carinho e por continuar a visitar o meu cantinho.

 

A quem visita pela primeira vez seja bem-vindo e esteja à vontade para voltar se o desejar.

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01.08.19

Ditos e Ditados Populares @ LXXXIII

Miluem

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500 provérbios portugueses antigos - Educação moral, mentalidade e linguagem - de Jean Lauand

 

Estudo e recolha com base no Livro de provérbios de Antonio Delicado

 

Na Biblioteca Municipal Mário de Andrade (São Paulo, Brasil), encontra-se uma raridade: um exemplar original do livro do lecenciado prior Antonio Delicado, Adagios portuguezes reduzidos a lugares communs, Lisboa, Officina de Domingos Lopes Rosa, 1651.

 

 

01.08.19

Nazaré @ Lendas de Portugal - A lenda de Dom Fuas Roupinho

Miluem

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A lenda de Dom Fuas Roupinho

 

Dom Fuas Roupinho era alcaide do castelo de Porto de Mós e como desde Porto de Mós, embora seja bastante longe, até à costa era quase tudo ermos e florestas o Dom Fuas dizem que costumava caçar bastantes vezes afastando-se do seu castelo em Porto de Mós.

E então, D. Fuas será do tempo de D. Afonso Henriques e teria sido nomeado precisamente pelo D. Afonso Henriques como alcaide-mor do castelo de Porto de Mós e então conta-se que um dia estando ele, ou tendo ido ele caçar, fazer uma grande montaria com mais um ou dois cavaleiros para os lados da Nazaré que lhe apareceu um veado, há quem conte que esse veado era o próprio demónio, há quem conte que era simplesmente um veado.

O tempo estaria encoberto, como muitas vezes se sucede na Nazaré e o D. Fuas começou em perseguição desse veado.

Na versão que conta que conta que seria o diabo, então o diabo para tentar o D. Fuas, fez-lhe ou engodou na perseguição e quando o D. Fuas reparou o cavalo estava mesmo sobre o precipício muito alto da Nazaré e o veado, que seria neste caso o diabo, precipitou-se pela rocha fora e o D. Fuas ia no cavalo, tentou estancar o cavalo, mas viu que não conseguiu e pediu ajuda à Nossa Senhora da Nazaré que lhe apareceu e conseguiu parar o cavalo.

 

Hoje existe essa mesma rocha, portanto essa rocha é prolongada, em relação à riba é uma rocha pontiaguda, triangular e nela foi feito uma pequena Ermida.

E também nesse morro foi construído um mosteiro que actualmente ainda existe, é o Mosteiro da Nazaré, e é um dos primeiros mosteiros senão do tempo de D. Afonso Henriques pelo menos do tempo muito próximo dessa era.

Há na rocha uma concavidade que dizem que é a pata onde o cavalo, onde as patas de trás do cavalo e as pessoas têm muita curiosidade de ir lá ver o sitio onde o cavalo teria estancado e ficado com as patas da frente no ar e as patas de trás com tanta força que marcaram a rocha. Claro que é uma lenda.

 

Fonte Biblio AA. VV., - Arquivo do CEAO (Recolhas Inéditas) Faro, n/a, Ano 2008

Place of collection -, NAZARÉ, LEIRIA, Informante: João Moreira (M), 60 y.o.,

CEAO Centro de Estudos Ataíde Oliveira

01.08.19

Ditos e Ditados Populares @ LXXXII

Miluem

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500 provérbios portugueses antigos - Educação moral, mentalidade e linguagem - de Jean Lauand

 

Estudo e recolha com base no Livro de provérbios de Antonio Delicado

 

Na Biblioteca Municipal Mário de Andrade (São Paulo, Brasil), encontra-se uma raridade: um exemplar original do livro do lecenciado prior Antonio Delicado, Adagios portuguezes reduzidos a lugares communs, Lisboa, Officina de Domingos Lopes Rosa, 1651.

 

 

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